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Criminosos explodem caixas eletrônicos e atiram contra PMs em Bambuí PM suspeita que assaltantes de carro-forte no Norte de Minas já atuaram no estado Bandidos explodem e roubam carro-forte em rodovia do Norte de MGCriminosos explodem duas agências bancárias no Vale do Rio DoceSaiba como criar uma rede de vizinhos eficiente no WhatsAppBandidos explodem caixa eletrônico de supermercado em Bom DespachoExplosões de caixas eletrônicos exigem ação federal em MinasHoras depois de formalizado o protocolo, o alarme já soou pela primeira vez para acionar o pacto de ações integradas. Na madrugada de terça-feira, uma agência do Banco do Brasil e outra do Itaú foram atacadas por uma quadrilha em Bambuí, no Centro-Oeste mineiro.
Ainda na terça-feira, mas no Norte de Minas, outro grupo de criminosos com armamento pesado fechou com uma carreta a BR-251, nas imediações de Grão Mogol, para assaltar um carro-forte. Eles interceptaram o veículo de uma transportadora de valores e trocaram tiros com os vigilantes.
As ações padronizadas de cada força de segurança contra a violência desse tipo de quadrilha buscam criar uma forma de reação padronizada para a modalidade de crime, evitando que em cada caso seja adotada uma forma de trabalho diferente, segundo o secretário de estado de Segurança Pública, Sérgio Barbosa Menezes. O objetivo é unificar reações como a preservação dos lugares explodidos, acionamento de planos de cerco e bloqueio e concentração de informações de inteligência levantadas por diferentes órgãos, para prender mais rapidamente os criminosos. Resumidamente, trata-se de definir, uma vez ocorrido o crime, que órgão reage, de qual forma e em que momento.
“O crime de explosão de caixa eletrônico traz consequências que extrapolam a questão da segurança. Há impactos sociais e econômicos para as cidades, muitas vezes pequenas, que dependem daquele terminal que foi alvo de ataque.
ARTICULAÇÃO A Sesp coordena um grupo que tem se reunido de forma frequente e conta com a participação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Ministério Público, além dos demais braços do estado ligados à questão: Secretaria de Administração Prisional (Seap), Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. A criação do grupo de trabalho no governo de Minas, que vinha se articulando também com as forças federais, foi anunciada em setembro por Fernando Pimentel.
O esquema pelo qual deve operar esse esforço conjunto, segundo a Sesp, já está no papel, mas não pode ser detalhado, para não comprometer investigações e o próprio funcionamento da cadeia de ações que pode levar à captura dos criminosos. Mas, como resultado da concentração de esforços nesse tipo de crime, a secretaria informa que, de 12 de junho até 12 de setembro deste ano, 50 pessoas foram presas no estado por envolvimento com explosões de caixas eletrônicos e ataques a bancos. Dois acusados foram capturados mês passado, em Capitão Enéas, Norte de Minas, com um fuzil e duas submetralhadoras, uma pistola, uma espingarda e uma garrucha.
Os dois foram detidos após perseguição policial e bloqueios montados pela Polícia Militar. Com eles havia malotes com dinheiro manchado e também bananas de dinamite. Outras 28 prisões ocorreram em 9 de agosto, em Três Corações (Sul de Minas). Segundo a PM, todos os presos estavam envolvidos em crimes de explosão de caixas eletrônicos e roubos a bancos e a agências postais no Sul de Minas.
Enquanto as forças de segurança procuram padronizar suas ações para contra-atacar, o secretário de Segurança Pública defende uma punição mais pesada para o crime de explosão de caixas e bancos.
Três perguntas para...
Sérgio Barbosa Menezes - Secretário de estado de Segurança Pública
As explosões de caixas caíram 36,5% no período divulgado. A que se pode atribuir esse resultado?
Temos desenvolvido ações integradas que contam com o apoio e trabalho árduo de várias instituições. Desde que esse tipo de crime passou a preocupar mais, temos tentado aperfeiçoar o trabalho e agregar melhorias na repressão qualificada e no mapeamento das quadrilhas que promovem esse tipo de ação. Um exemplo desse avanço é exatamente a assinatura do termo de cooperação com oito instituições, na última segunda-feira.
Algum outro tipo de crime é alvo dessa cooperação?
Secretaria de Estado de Segurança Pública coordena uma força-tarefa voltada para a redução de eventos de segurança, em geral, em instituições bancárias. Esse grupo busca resultados não só para explosões de caixas, mas também para crimes com uso de maçarico, assaltos e o crime chamado de “sapatinho” (sequestro de bancários para forçar a abertura de cofres).
Embora o detalhamento do acordo de cooperação técnica seja sigiloso, é possível dar um exemplo prático de como ele pode funcionar?
A inteligência busca, por exemplo, o mapeamento de quadrilhas para prevenir ocorrências, entender o modus operandi dos envolvidos ou, até mesmo, fornecer informações que levarão à prisão dos envolvidos.
Memória
Mobilização e desmobilização
Não é a primeira vez que se forma uma força-tarefa na tentativa de enfrentar o desafio da explosão de caixas eletrônicos em Minas. Em 2013, época em que casos do tipo estavam em franca ascensão, o governo do estado constituiu um grupo de trabalho com objetivo de dar uma resposta à ofensiva, de forma integrada e com ações compartilhadas. Porém, em 2015 a própria administração estadual avaliou que não havia mais a necessidade do esforço concentrado, sob a justificativa de se tratar de um conceito a ser adotado em situações de crise, o que, no entendimento do estado, não ocorria naquele momento. Porém, o avanço de casos com maior emprego de violência – que causaram mortes, deixaram policiais sitiados e cidades sem terminais bancários – levaram a uma mudança de postura. Apesar da redução dos casos, nova força-tarefa foi formada para unificar procedimentos na contraofensiva aos assaltantes.
DESCONFIE
Confira recomendações da Secretaria de Segurança Pública para ajudar no cerco a ladrões de caixas eletrônicos
1) Se você é dono de hotel ou pousada, fique atento a hóspedes com bagagem incompatível com a quantidade de dias que pretendem ficar
2) Caso você seja um morador ou comerciante e perceba movimentação de pessoas muito atípica em sua cidade, alerte as autoridades
3) Se você for dono de algum sítio, esteja alerta a aluguéis pagos com altas quantias, em dinheiro, sem contratos formais nem negociação
Denuncie
Denúncias anônimas podem ser feitas pelo telefone 181