Sede do departamento que concentra investigações como a do caso Allan Pontelo, o prédio do antigo Departamento de Investigações, que entrou para a história de Belo Horizonte devido a episódios macabros como a chamada “Ciranda da morte”, foi reintegrado à rotina da cidade depois de passar quatro anos fechado para reforma. Conhecido na década de 80 como o “Inferno da Lagoinha” – referência ao bairro onde está –, o DI, na Região Noroeste da capital, foi um dos marcos da crise carcerária em Minas, com suas celas superlotadas e condições subumanas. O imóvel passou por reformas internas e externas, com destaque para a fachada, tombada pelo patrimônio histórico. Com investimento de R$ 8 milhões, a intervenção contemplou aquisição de mobiliário e equipamentos, segundo a Polícia Civil.
Diante da superlotação, detentos anunciaram que haveria uma morte por dia em cada unidade, e que a escolha da vítima seria por um jogo de palitinhos, “sorteio” que foi batizado de Ciranda da Morte. Após muita pressão e visitas de promotores os dois “infernos” foram fechados. Segundo a Polícia Civil, o Decreto 44.712, de 30 de janeiro de 2008, extinguiu a unidade para a criação do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP).
Em 2010 foi a vez de o goleiro Bruno Fernandes e de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, serem encaminhados ao local, suspeitos da morte de Eliza Samudio. Nem a Polícia Civil nem a Secretaria de Estado de Administração Prisional esclareceram se as novas instalações do DI contemplarão carceragens. Segundo a Civil, no local funcionará o DHPP e o Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico.
Ação em Ibirité mobiliza 500 PMs
Uma operação de combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado no Aglomerado Vila Ideal, em Ibirité, na Grande BH, envolveu 500 policiais e teve ramificações em Belo Horizonte, Contagem e São Joaquim de Bicas, na Grande BH, e em Dionísio, na Região Central do estado. De acordo com a PM, a ofensiva ocorreu em parceria com o Ministério Público e cumpriu mandados de busca e apreensão, de prisão e de condução coercitiva. Dezoito pessoas foram detidas, entre elas um menor de idade. Também houve apreensão de cocaína, maconha, armas, carros, celulares e radiocomunicadores. Os detidos são suspeitos de cometer assaltos, sequestros e de comandar o tráfico em Ibirité, além de extorquir dinheiro de comerciantes.