A delegada Roberta Sodré, que coordenou a operação, informou que os suspeitos eram conhecidos por integrarem a "quadrilha do Civic Dourado". "Eles atuavam em crimes contra o patrimônio, furtos e roubos na Região da Pampulha. Principalmente, roubos a residências. Eles entravam nas casas e pegavam eletrodoméstico, eletroeletrônicos, os carros e fugiam", explicou a delegada.
Ainda segundo Sodré, os suspeitos se aproveitavam para entrar nas casas quando moradores estavam chegando ou saindo das residências – seja tirando o carro da garagem ou pela entrada social. "Não tinha horário específico. Acontecia tanto de dia quanto à noite", disse a delegada. Eles moram na Região Leste e escolheram a Região da Pampulha para efetuar os crimes, onde agiam há cerca de um ano. As ações duravam cerca de 30 minutos.
Conforme apontaram as investigações, os suspeitos agiam com violência e, na maioria dos casos, mantinham as vítimas sob ameaça de uma arma de fogo. "Teve um crime que chocou bastante a região que foi quando eles entraram em uma casa de três mulheres. Uma delas estava saindo do banho, enrolada em uma toalha. Um deles queria que ela tirasse a toalha, chegou até a se aproximar dela. Mas, um dos comparsas inserviu. Quase configurou como crime sexual", completou.
De acordo com a corporação, foram presos preventivamente Jonathan Rodrigues de Silva, 21 anos, que é considerado o mentor da quadrilha. Já Ruan Cristhian de Souza Marvila, de 18 anos, e Jerfeson Luiz de Souza, 24, já haviam sido presos anteriormente. Edivaldo Ferrira, de 18 anos, foi preso no início desta semana. Ele ainda era menor de idade quando integrou a quadrilha. Ainda segundo a polícia, os suspeitos foram presos nas respectivas suas casas, na Região Leste da capital. Os suspeitos têm diversas passagens policiais pelos crimes de tráfico de drogas, roubos, porte de armas e outros crimes contra o patrimônio.
Foram localizados vários pertences das vítimas, como perfumes, eletroeletrônicos, peças de roupas – a contabilização dos materiais não foi divulgada pela polícia. Eles devem responder pelo roubo, uso da arma de fogo e formação criminosa.
A delegada adverte que é preciso ter cuidado: "Tomar cuidado sempre. A vitimização existe. Observar se tem alguém estranho está por perto da sua casa, alguém diferente. Caso tenha, é recomendado dar a volta no quarteirão ou pedir algum tipo de apoio", afirma.