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Secretaria de Saúde investiga segunda morte por febre maculosa em ContagemExame confirma febre maculosa em homem que morreu em ContagemManejo de capivaras na Pampulha se arrasta e temor de febre maculosa é realSuspeita de morte por febre maculosa deixa em alerta a Pampulha, em Belo HorizonteManejo das capivaras na Pampulha vai custar R$ 500 mil Prefeitura de Contagem confirma segunda morte por febre maculosaPM apreende submetralhadora e drogas e procura chefe do tráfico em ContagemHomem tira tornozeleira eletrônica "para arrumar emprego", rouba e é preso em BHSaiba como agiam quadrilhas que roubavam em áreas nobres de BHAdriano morava e trabalhava na área rural de Florestal, na Grande BH, onde tinha contatos com capivaras e equinos, também hospedeiros dos parasitas. Ele não esteve na Pampulha e morreu em Contagem por ter procurado tratamento na cidade vizinha.
Ainda assim, a Secretaria de Saúde de Contagem começa a distribuir hoje panfletos orientando a população sobre o perigo da febre maculosa. Boa parte da ação será concentrada em bairros vizinhos à Pampulha, na capital, onde o primeiro homem vítima da enfermidade teria contraído a bactéria. A região, além de ter grande população de capivaras, concentra muitos equinos, que também hospedam o carrapato-estrela.
A Prefeitura de Belo Horizonte, via Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), informou que não tem plano de nova interdição do parque ecológico da Pampulha, que chegou a ser fechado no ano passado, após a morte da criança vítima de maculosa. Os técnicos da unidade de conservação dizem que as atividades seguem em ritmo normal, com irrigação, poda e cercamento da área.
Depois de assinar, há mais de oito meses, termo de ajustamento de conduta (TAC) com o Ministério Público de Minas Gerais, a Secretaria de Meio Ambiente da capital firmou, na manhã de ontem, contrato de manejo das capivaras.
O prazo de duração do contrato é de 12 meses, com possibilidade de que a conclusão dos serviços seja antecipada, caso os trabalhos sejam concluídos. Está prevista a esterilização das cerca de 100 capivaras existentes na orla da Pampulha, em trabalho que será iniciado amanhã.
Em nota, a Secretaria de Meio Ambiente esclareceu que o responsável técnico da primeira empresa escolhida para o manejo dos roedores desistiu na véspera da assinatura do contrato (24 de julho de 2017), atrasando o cronograma operacional. A seguir, a equipe técnica da secretaria informa ter iniciado o processo de alteração das medidas de gestão dos recursos financeiros destinados ao projeto. A Gerência de Defesa dos Animais elaborou um termo de referência a ser usado no processo licitatório. “Entretanto, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente foi procurada por uma equipe de profissionais de notória especialização, o que permitiu que a pasta requisitasse a contratação direta da equipe, mediante inexigibilidade de licitação”, diz o texto.
Depois de pronto, o processo foi encaminhado à Procuradoria-Geral do Município, que aprovou o parecer nesta semana, dentro do prazo legal. Após análise, o Ibama deve liberar amanhã a licença para manejo de animais silvestres.
INVESTIGAÇÃO Enquanto a capital tenta se mobilizar para enfrentar o problema das capivaras, a Secretaria de Saúde de Contagem instaurou inquérito administrativo para apurar se houve negligência ou falha no atendimento à vítima da febre maculosa que morava na cidade. O paciente procurou atendimento no posto de saúde do Bairro Ressaca em 17 de outubro, foi medicado, liberado e orientado a retornar ao local em caso de se sentir mal novamente.
Depois, recorreu a uma clínica particular em BH, onde foi orientado a ir a uma unidade de urgência e emergência.
Reprodução sem controle
Enquanto as medidas do poder público se arrastam para enfrentar o desafio das capivaras em área urbana, os animais proliferam livremente em ambientes como as margens da Pampulha. A espécie dá cria duas vezes por ano, podendo gerar de quatro a oito filhotes por gestação, no total de até 16 animais por fêmea/ano. No caso específico da Pampulha, a reprodução sempre foi intensa, pois os roedores não encontram tantos predadores quanto no meio silvestre, tendo à disposição muita água e alimento farto na orla da lagoa..