A segurança pública em Minas Gerais tem sido desafiada pelo crescente caso de crimes sexuais contra crianças, pré-adolescentes e pessoas enfermas ou com deficiência mental. Balanço divulgado ontem, do Observatório de Segurança Cidadã da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MG) aponta que, de janeiro a agosto deste ano, foram 1.825 casos de estupro consumado de vulnerável, o que representa crescimento de 11,6% em relação a igual período de 2016. Já as tentativas desse tipo de crime cresceram 13,4% no comparativo do período nos dois anos.
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Os números são positivos em relação ao grande desafio da última década na segurança pública mineira, que é o furto consumado, que teve queda de 3,8% das ocorrências no comparativo de janeiro a agosto dos dois anos. Porém, o saldo de casos dessa modalidade de crime é preocupante nos oito primeiros meses deste ano, com total de 213.563 registros, ou seja, três furtos a cada cinco minutos no estado. O roubo consumado também apresentou queda de 9,6% no comparativo deste ano e 2016. Porém, foram 78.698 ocorrências do tipo de janeiro a agosto de 2017, média de uma a cada cinco minutos nas cidades mineiras.
Em Belo Horizonte, onde há maior incidência de roubos consumados, os números dos últimos três meses também desafiam os órgãos de segurança pública mineiros.
Já as ocorrências de roubos a estabelecimentos comerciais caíram 27,5% no estado nos oito primeiros meses do ano, o que significa 3.726 ocorrências a menos. De janeiro a agosto de 2017 foram 9.780 registros contra 13.506 no mesmo período de 2016. Em Belo Horizonte, a diminuição desta modalidade alcança 31,9%, com 1.859 registros contra 2.730.
Estratégias e policiamento
Para o secretário de Segurança Pública, Sérgio Barboza Menezes, a queda expressiva dos índices de crimes contra o patrimônio em geral tem relação com novas estratégias desenvolvidas, como a maior presença e ostensividade policial nas ruas. Ele cita, como exemplos, as áreas comerciais de bairros como o Buritis, ou de cidades como Santa Luzia, na Grande BH, que, ao longo de 2017, passaram a conviver com mais policiais nas ruas, em dias e horários diferentes.
Nos crimes contra a vida, o saldo positivo é a queda de 5,9% do número de vítimas de homicídio no comparativo dos primeiros oito meses de 2017/2016.