Quadrilhas acostumadas a agir em regiões nobres da cidade, tendo como alvos preferenciais condomínios de luxo, mansões e carros de alto valor, e que têm em comum uma outra característica marcante: a violência nas ações. Em dois dias, a Polícia Civil apresentou integrantes de bandos diferentes que atacavam moradores de bairros das regiões Centro-Sul de Belo Horizonte e da Pampulha. Neste último caso, quatro pessoas são suspeitas de envolvimento em mais de 50 crimes, entre furtos e roubos a residências e veículos, além de tráfico de drogas. Moradores da Zona Sul também eram vítimas de um trio reconhecido pela intimidação contra suas vítimas, sempre com uso de armas de fogo e sob ameaça de morte. Prisões de grupos como esses podem ajudar a explicar a redução nas estatísticas de roubos na capital, que, segundo balanço da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) divulgado ontem, tiveram queda de 14,7% nos oito primeiros meses do ano, na comparação com igual período do ano passado.
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A Polícia Civil informou também que os suspeitos foram presos em suas casas, localizadas na Região Leste da capital. Os suspeitos têm diversas passagens policiais pelos crimes de tráfico de drogas, roubos, porte de armas e outros crimes contra o patrimônio.
Violência excessiva
No início desta semana, a polícia desarticulou uma organização criminosa que atuava na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, de forma muito similar a quadrilha que roubava na Pampulha. Uma operação feita pela Polícia Civil no último dia 18 cumpriu o mando de prisão de três pessoas suspeitas: Guilherme Henrique Valentino Clarindo, de 18, Rafael Carvalho Nepomuceno, de 27 e Matheus Henrique Ribeiro, de 21. Segundo a delegada responsável pelo caso Cristiana Angelini, o trio é responsável por cometer pelo menos seis roubos a residências na região. “A partir da notícia de crimes, com o mesmo modus operandi, a equipe de investigadores conseguiu identificar cinco suspeitos que cometeriam esses crimes. Eles são conhecidos pela violência nas ações, na qual usavam de uma arma de fogo para ameaçar as vítimas”, afirmou a delegada durante a coletiva de imprensa na última terça-feira.
Ao contrário da quadrilha que atuava na Pampulha, o trio gostava de realizar os assaltos à noite. Eles assaltavam quando as vítimas chegavam em suas residências. Segundo a delegada, aproveitavam o momento que entravam em casa para abordá-las – seja pela garagem ou porta de serviço. Geralmente, o carro usado pelos suspeitos tinha sido roubado em um assalto anterior e estavam com placas clonadas.