A Polícia Civil vai investigar as circunstâncias de um acidente que feriu três meninas de 13 anos na manhã dessa quinta-feira dentro de uma escola estadual em Ferros, na Região Central de Minas Gerais. Elas e outros colegas testavam, sem acompanhamento, um experimento que seria apresentado em uma feira de ciências, mas a atividade deu errado e elas acabaram queimadas.
Foi registrado um boletim de ocorrência de lesão corporal. O caso ocorreu pela manhã na Escola Estadual Professor Alcides Fernandes de Assunção (EEPAFA), no Bairro São Geraldo. A Polícia Militar (PM) foi acionada e compareceu ao Hospital São Judas Tadeu para ouvir os envolvidos. Uma das meninas, que sofreu queimaduras no braço esquerdo, contou que eles aproveitaram um horário vago para testar a experiência que seria apresentada em grupo durante a feira, marcada para este sábado. O procedimento teria sido realizado na mesa destinada aos professores, com outros colegas ao redor.
A atividade envolvia uma lata de refrigerante, álcool e fogo. Ela conta que como o uso do álcool em gel não deu o resultado esperado, um outro menino, também de 13 anos, chegou com um vidro do produto líquido. Quando a chama estava quase se apagando, ele depositou o álcool e houve um estouro. Todos saíram correndo.
Conforme a PM, esse estudante confirmou o teste e disse que seu grupo originalmente apresentaria e testaria a experiência na aula de uma professora após o horário vago, mas eles acabaram adiantando o procedimento antes da chegada dela. Segundo o boletim de ocorrência, ele afirma que depositou mais álcool em gel (não líquido) na lata, o que gerou a explosão.
Ao ver uma das adolescentes com o rosto em chamas, ele cobriu a menina com uma toalha. Após socorrê-la, ele procurou a outra colega, que também sofreu ferimentos no rosto, mas ela havia saído correndo, em desespero. As duas meninas precisaram ser transferidas para o Hospital João XXIII. A diretora da escola estadual acompanhava os estudantes no hospital em Ferros.
Depois de conversar com os adolescentes e demais envolvidos, os policiais foram até a escola para isolar a sala de aula e chamar a polícia, mas os funcionários já haviam limpado o local. Mesmo assim, os PMs conseguiram recolher os objetos usado no projeto e encaminhá-los a Polícia Civil. A perícia de Itabira, responsável pela região, deve comparecer ao local posteriormente. Ainda de acordo com a PM, a vice-diretora disse não havia autorização para o projeto.
A Polícia Civil informou que já começou as apurações. Por meio da assessoria de imprensa da corporação, o delegado Paulo Henrique Moreira disse que o adolescente que jogou o o álcool no experimento foi ouvido e liberado. As meninas que se feriram vão passar por exame de corpo de delito.
A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) não vai divulgar o estado de saúde das pacientes.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Educação informou que já está acompanhando o caso junto à direção da escola e apura o caso. Leia a nota na íntegra:
"Sobre o incidente ocorrido nesta quinta-feira (26/10) na Escola Estadual Professor Alcides Fernandes de Assunção, no município de Ferros, a Secretaria de Estado de Educação informa que todas as providências foram tomadas e que a Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Nova Era, responsável pela coordenação da escola, está acompanhando o caso junto à direção da unidade e aos familiares.
O incidente ocorreu durante um ensaio de um grupo de alunos para a feira de ciências que será realizada na escola neste sábado, quando algumas estudantes acabaram se ferindo durante o preparo de uma experiência com fogo.
As três estudantes feridas foram imediatamente socorridas e os pais ou responsáveis acionados. De acordo com a SRE, duas das três alunas, que sofreram queimaduras de 2º grau, foram atendidas no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. A outra estudante não chegou a ser internada. Na manhã de hoje, a direção da SRE, que acompanhou as mães durante no Hospital, informou que somente uma estudante segue internada.
Uma equipe de inspetores da SRE esteve na escola e já iniciou um procedimento de apuração das circunstâncias do incidente."
A Escola Estadual Professor Alcides Fernandes de Assunção também divulgou uma nota, em sua página no Facebook, lamentando o ocorrido.
Foi registrado um boletim de ocorrência de lesão corporal. O caso ocorreu pela manhã na Escola Estadual Professor Alcides Fernandes de Assunção (EEPAFA), no Bairro São Geraldo. A Polícia Militar (PM) foi acionada e compareceu ao Hospital São Judas Tadeu para ouvir os envolvidos. Uma das meninas, que sofreu queimaduras no braço esquerdo, contou que eles aproveitaram um horário vago para testar a experiência que seria apresentada em grupo durante a feira, marcada para este sábado. O procedimento teria sido realizado na mesa destinada aos professores, com outros colegas ao redor.
A atividade envolvia uma lata de refrigerante, álcool e fogo. Ela conta que como o uso do álcool em gel não deu o resultado esperado, um outro menino, também de 13 anos, chegou com um vidro do produto líquido. Quando a chama estava quase se apagando, ele depositou o álcool e houve um estouro. Todos saíram correndo.
Conforme a PM, esse estudante confirmou o teste e disse que seu grupo originalmente apresentaria e testaria a experiência na aula de uma professora após o horário vago, mas eles acabaram adiantando o procedimento antes da chegada dela. Segundo o boletim de ocorrência, ele afirma que depositou mais álcool em gel (não líquido) na lata, o que gerou a explosão.
Ao ver uma das adolescentes com o rosto em chamas, ele cobriu a menina com uma toalha. Após socorrê-la, ele procurou a outra colega, que também sofreu ferimentos no rosto, mas ela havia saído correndo, em desespero. As duas meninas precisaram ser transferidas para o Hospital João XXIII. A diretora da escola estadual acompanhava os estudantes no hospital em Ferros.
Depois de conversar com os adolescentes e demais envolvidos, os policiais foram até a escola para isolar a sala de aula e chamar a polícia, mas os funcionários já haviam limpado o local. Mesmo assim, os PMs conseguiram recolher os objetos usado no projeto e encaminhá-los a Polícia Civil. A perícia de Itabira, responsável pela região, deve comparecer ao local posteriormente. Ainda de acordo com a PM, a vice-diretora disse não havia autorização para o projeto.
A Polícia Civil informou que já começou as apurações. Por meio da assessoria de imprensa da corporação, o delegado Paulo Henrique Moreira disse que o adolescente que jogou o o álcool no experimento foi ouvido e liberado. As meninas que se feriram vão passar por exame de corpo de delito.
A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) não vai divulgar o estado de saúde das pacientes.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Educação informou que já está acompanhando o caso junto à direção da escola e apura o caso. Leia a nota na íntegra:
"Sobre o incidente ocorrido nesta quinta-feira (26/10) na Escola Estadual Professor Alcides Fernandes de Assunção, no município de Ferros, a Secretaria de Estado de Educação informa que todas as providências foram tomadas e que a Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Nova Era, responsável pela coordenação da escola, está acompanhando o caso junto à direção da unidade e aos familiares.
O incidente ocorreu durante um ensaio de um grupo de alunos para a feira de ciências que será realizada na escola neste sábado, quando algumas estudantes acabaram se ferindo durante o preparo de uma experiência com fogo.
As três estudantes feridas foram imediatamente socorridas e os pais ou responsáveis acionados. De acordo com a SRE, duas das três alunas, que sofreram queimaduras de 2º grau, foram atendidas no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. A outra estudante não chegou a ser internada. Na manhã de hoje, a direção da SRE, que acompanhou as mães durante no Hospital, informou que somente uma estudante segue internada.
Uma equipe de inspetores da SRE esteve na escola e já iniciou um procedimento de apuração das circunstâncias do incidente."
A Escola Estadual Professor Alcides Fernandes de Assunção também divulgou uma nota, em sua página no Facebook, lamentando o ocorrido.