A circulação do vírus da febre amarela por São Paulo redobra o alerta das autoridades de saúde de Minas Gerais em relação a doença. As mortes de primatas fizeram com que 15 parques fossem fechados para evitar o risco de proliferação. Exames confirmaram a presença do vírus em macacos na cidade paulista. A campanha de vacinação foi ampliada. Outro fator que eleva a atenção nas cidades mineiras é a chegada da sazonalidade da doença. A enfermidade teve o seu pior surto no país desde 1980, segundo o Ministério da Saúde. Foram 261 pessoas mortas em decorrência da moléstia, e mais de 770 infectadas.
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Acaba o surto de febre amarela, mas segue o alerta para vacinaçãoExame confirma morte de macacos por febre amarela no Sul de MinasFebre amarela já matou 162 pessoas em Minas Gerais neste anoMortes de macacos por febre amarela ligam o alerta no interior de MinasProteção contra febre amarela em Minas é insuficienteMinas continua registrando mortes de macacos por febre amarelaMacacos aparecem mortos em cidades do Sul de MGPor causa deste cenário, a SES intensificou a vigilância de epizootias de primatas, está realizando pesquisa entomológica e vigilância das síndromes febris. Além disso, vem emitindo alertas para as regionais de saúde e aos municípios para discutir a situação. A vacinação continua sendo recomendada. De acordo com a Secretaria, a estimativa da cobertura vacinal entre 2007 e 2017 é de 80,64% no Estado, aproximadamente 3,8 milhões de pessoas ainda não se vacinaram. Todos os municípios mineiros possuem recomendação de vacina, e a meta é imunizar 95% dos moradores.
O último balanço divulgado pela pasta, em 21 de agosto, indica que foram notificados 1.696 casos suspeitos de febre amarela em Minas Gerais. Do total, 475 foram confirmados.
As mortes dos primatas, que é um efeito sentinela do monitoramento da doença, tendo em vista que os óbitos apontam a circulação do vírus, continuam em Minas Gerais. As últimas notificações aconteceram em Gonçalves, na Região Sul de Minas Gerais, em agosto, e Lagoa Dourada, na Região Central, em setembro.
São Paulo
O Ministério da Saúde anunciou o fim do surto da febre amarela em setembro deste ano. Porém, a doença voltou a preocupar nas últimas semanas com a confirmação da morte de primatas. Ao menos em um macaco o vírus da febre amarela foi identificado. Devido a situação, 15 parques da cidade paulista foram interditados.
A Prefeitura de São Paulo ampliou a campanha de vacinação depois da confirmação da doença. Em até dois meses, prevê vacinar 95% da população da zona norte da capital paulista, estimada em 2,4 milhões de pessoas.