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Estado de Minas

Capital faz alerta para sintomas após mortes por febre maculosa

Segundo Eduardo Viana, da Diretoria de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde de BH, os profissionais são capacitados para o diagnóstico precoce


postado em 28/10/2017 06:00 / atualizado em 28/10/2017 07:26

Em meio às mortes por febre maculosa ocorridas em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e do retorno do medo de transmissão da doença à orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, a rede pública de saúde da capital sustenta estar preparada para atender casos da doença. Segundo Eduardo Viana, da Diretoria de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde de BH, os profissionais são capacitados para o diagnóstico precoce. Ele recomenda, no entanto, que a pessoas estejam atentas à prevenção e aos sintomas, caso estes ocorram. “É importante frisar para a população sobre os riscos da doença, que está relacionada ao carrapato. Se a pessoa foi a algum local onde possa ter tido contato com o parasita e apresente febre alta, dores de cabeça e dores musculares, ela precisa buscar auxílio médico imediatamente”, afirmou.

Eduardo ainda alertou para a necessidade de se ficar atento a esses sintomas, pela similaridade com os de outras doenças. “Não se trata de um problema novo, mas que exige atenção das autoridades e da população, já que os sintomas são muito similares ao da dengue, por exemplo”, disse.

O alerta é válido não apenas para a capital. A segunda morte por febre maculosa registrada em Contagem neste mês foi confirmada ontem pela Secretaria Municipal de Saúde da cidade da Grande BH. De acordo com o órgão, o lavrador Adriano Pereira Santos Ribeiro morava e trabalhava na área rural do município vizinho de Florestal, também na região metropolitana, onde tinha contatos com capivaras e equinos, hospedeiros dos parasitas. O exame foi feito pela Fundação Ezequiel Dias. Ele morreu em Contagem por ter procurado tratamento na cidade vizinha. Ao contrário da outra vítima, Adriano não esteve na orla da Lagoa da Pampulha.

Na quarta-feira, a Secretaria de Saúde de Contagem já havia divulgado a morte de Aristeu de Souza Lima, de 42, morador da cidade, que visitou a Pampulha antes de manifestar os sintomas da doença. Ainda segundo a prefeitura, outro paciente permanece em observação por ter apresentado sinais semelhantes ao da febre maculosa. O resultado dos exames de L.M.S, que ainda está internado na cidade, deu negativo tanto para febre maculosa quanto para arboviroses (dengue, zika e chikungunya, entre outras). O caso permanece sob investigação. Por se tratar de uma doença hemorrágica, a febre maculosa tem similaridade com outros males e, por isso, o diagnóstico pode demorar. Considerada uma patologia grave, ela pode matar em até sete dias quando não tratada corretamente.

No meio ambiente, a febre maculosa permanece latente. Em locais em que encontra carrapatos e vetores, ela se desenvolve, tendo as capivaras como hospedeiros. No caso do manejo para controle dos roedores na orla da Pampulha, a grande preocupação é com os filhotes, já que a contaminação ocorre na primeira infância do animal, por volta de 3 meses. “A capivara só adoece quando filhote, e não vai desenvolver mais a doença, independentemente de quantos carrapatos contaminados a piquem”, explica o médico veterinário da Secretaria Municipal de Saúde, Leonardo Maciel.

Segundo o especialista, uma vez que não haja mais nascimentos na lagoa, e que os animais sejam todos adultos, as capivaras não serão problema para transmissão.


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