Foi enterrado às 17 horas dessa terça-feira, em Janaúba, no Norte de Minas, o corpo da auxiliar de professora Geni Oliveira Lopes Martins, de 63 anos. Ela foi a décima segunda vitima da tragédia da Creche Gente Inocente, ocorrida em Janaúba em 5 de outubro, no incêndio criminoso provocado pelo vigilante Damião Soares dos Santos, de 50 anos.
Família lamenta morte e não condena vigia
Segundo Altina, que está em BH desde quarta-feira passada, a situação de Geni era muito complicada e uma recaída poderia acontecer, apesar de alguns sinais positivos dos médicos. Entre as memórias que vai guardar da irmã, ela destaca a concretização de um sonho. "Ela era uma pessoa muito religiosa e sonhava em se formar em religião, o que aconteceu no dia 2 de agosto", afirma.
A auxiliar de professora, que trabalhava na creche Gente Inocente há três anos, concluiu o curso de ciências da religião e vestiu o traje especial de formandos no terceiro grau há três meses, quando concluiu o curso. "Ela gostava muito das crianças da creche, era apixonada pelo que fazia. Estava todos os dias com as crianças e até por isso tentou salvá-las durante o incêndio", acrescenta Altina.
Casada há 40 anos, ela deixa três filhos. Um deles, Odail Farley Martins, de 35 anos, que é engenheiro agrônomo, diz que sabia da situação complicada, mas tinha esperança que o quadro de saúde da mãe pudesse melhorar. "O que vai ficar é a saudade dela, pois era uma mãe muito dedicada. Uma pessoa espetacular", diz o filho.