Um dia depois de o Estado de Minas noticiar a preocupação generalizada com a Barragem Casa de Pedra, que acumula 9,2 milhões de toneladas de rejeitos de minério da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Congonhas, a prefeitura local anunciou que pretende fazer um levantamento em todas as represas que operam na cidade histórica. Todas as comunidades suscetíveis a efeitos de um eventual rompimento receberão treinamento, a começar pelos bairros que estão em volta da represa da CSN, como Cristo Rei, Eldorado, Residencial Gualter Monteiro e Royal Park, segundo a administração municipal.
Apesar das providências, segundo o secretário de Meio Ambiente de Congonhas, Neylor Arão, a estabilidade da Barragem Casa de Pedra é garantida pelos órgãos competentes, como o Departamento de Nacional de Produção Mineral (DMPN) e a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). “Primeiramente, buscamos informações sobre as barragens e os mapas de inundações, para saber onde está o risco. Agora, vamos definir os níveis de segurança que serão: verde (sem problemas), alaranjado (alerta) e vermelho (risco iminente), que será quando a pessoa deverá deixar a sua casa”, disse o secretário.
Porém, um eventual processo de evacuação nas vizinhanças da represa da CSN é considerado muito complexo pelo capitão Ronaldo Rosa Lima, dos bombeiros da região, sobretudo pela grande proximidade entre casas e o barramento. Um dos pontos mais críticos é a definição das zonas de auto salvamento (ZAS), como são definidas áreas tão sensíveis à ameaça, que nelas praticamente não há tempo de intervenção de autoridades. Nesses locais, as pessoas não podem se preocupar com outra ação que não seja fugir, podendo pagar com a vida pela decisão de levar alguma coisa consigo ou ajudar um familiar, por exemplo. “No caso da Barragem de Casa de Pedra, as ZAS serão muito extensas. Ou seja, em caso de alerta vermelho, não restará muito a fazer, a não ser escapar para se salvar”, afirma o oficial dos Bombeiros.
Consultada pelo Estado de Minas sobre o assunto, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento sustentável (Semad) informou que o grupo formado emergencialmente pelo estado pata tratar da questão da barragem da CSN foi encabeçado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec-MG), e que por isso não tem “nenhuma interface com a regularização ambiental do empreendimento”. “O processo de licenciamento do empreendimento (Casa de Pedra) está em fase de análise ambiental na Superintendência de Projetos Prioritários da Semad, sendo que o parecer técnico ainda não foi concluído”, informou. O MP também foi procurado pelo EM, mas não se pronunciou, sob argumento de que o prazo para adequações dado à CSN termina em 15 de dezembro deste ano.
Apesar das providências, segundo o secretário de Meio Ambiente de Congonhas, Neylor Arão, a estabilidade da Barragem Casa de Pedra é garantida pelos órgãos competentes, como o Departamento de Nacional de Produção Mineral (DMPN) e a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). “Primeiramente, buscamos informações sobre as barragens e os mapas de inundações, para saber onde está o risco. Agora, vamos definir os níveis de segurança que serão: verde (sem problemas), alaranjado (alerta) e vermelho (risco iminente), que será quando a pessoa deverá deixar a sua casa”, disse o secretário.
Ainda de acordo com Arão, um aplicativo está sendo desenvolvido para emitir alertas, paralelamente a informes por rádio e sirenes em caso de emergência. “Nesta primeira simulação (na vizinhança da Barragem Casa de Pedra, teremos o básico. Vamos ligar os equipamentos e coordenar as ações da população. O cadastro de pessoas na área de influência está terminando, bem como a sinalização e a definição dos pontos seguros para o salvamento”, afirmou."No caso da Barragem de Casa de Pedra, as ZAS serão muito extensas. Ou seja, em caso de alerta vermelho, não restará muito a fazer, a não ser escapar para se salvar"
Capitão Ronaldo Rosa Lima, do Corpo de Bombeiros da região
Porém, um eventual processo de evacuação nas vizinhanças da represa da CSN é considerado muito complexo pelo capitão Ronaldo Rosa Lima, dos bombeiros da região, sobretudo pela grande proximidade entre casas e o barramento. Um dos pontos mais críticos é a definição das zonas de auto salvamento (ZAS), como são definidas áreas tão sensíveis à ameaça, que nelas praticamente não há tempo de intervenção de autoridades. Nesses locais, as pessoas não podem se preocupar com outra ação que não seja fugir, podendo pagar com a vida pela decisão de levar alguma coisa consigo ou ajudar um familiar, por exemplo. “No caso da Barragem de Casa de Pedra, as ZAS serão muito extensas. Ou seja, em caso de alerta vermelho, não restará muito a fazer, a não ser escapar para se salvar”, afirma o oficial dos Bombeiros.
Consultada pelo Estado de Minas sobre o assunto, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento sustentável (Semad) informou que o grupo formado emergencialmente pelo estado pata tratar da questão da barragem da CSN foi encabeçado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec-MG), e que por isso não tem “nenhuma interface com a regularização ambiental do empreendimento”. “O processo de licenciamento do empreendimento (Casa de Pedra) está em fase de análise ambiental na Superintendência de Projetos Prioritários da Semad, sendo que o parecer técnico ainda não foi concluído”, informou. O MP também foi procurado pelo EM, mas não se pronunciou, sob argumento de que o prazo para adequações dado à CSN termina em 15 de dezembro deste ano.