Foi condenada a 15 anos de reclusão em regime fechado Daniela Cristina dos Santos Aquino, acusada de matar o próprio filho em dezembro de 2015, em Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A criança era autista e tinha 6 anos na época do crime. A mulher chegou a confessar a morte do garoto “para aliviar o sofrimento dele”, já que, segundo ela, o menino tinha sido vítima de abusos sexuais. O julgamento aconteceu nesta sexta-feira em Mateus Leme, também na Grande BH.
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Um exame de sanidade chegou a ser feito pela ré durante o processo. Porém, os peritos concluíram que ela era plenamente capaz de entender os fatos e de agir com compreensão diante deles, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
O julgamento começou às 9h na 2ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais. Ele foi presidido pelo juiz Eudas Botelho. O promotor é Alysson Cardozo Cembranel, representou o Ministério Público na acusação. A sessão durou aproximadamente cinco horas. Foram ouvidas três testemunhas e a ré também foi interrogada.
Na fase de debates, o promotor pediu a condenação da mulher. Já o defensor dela, o advogado Marcos Tadeu de Castro Silva pediu, ao conselho de sentença, formado por seis mulheres e um homem, o reconhecimento da incapacidade relativa da acusada. Depois da condenação, o juiz manteve a prisão da ré. O argumento usado pelo magistrado foi a garantia da ordem pública, pois o crime deixou a comunidade revoltada.