Os dois homens presos por matar o advogado Pedro Juliano Freitas Mendes, assassinado em 20 de fevereiro deste ano dentro de seu apartamento, na Savassi, Região Centro-Sul de BH, foram condenados por latrocínio – roubo seguido de morte. Kendrick Alexsander Freitas Albernaz, de 18 anos, e Breno Igor Ramos Izidoro, de 21, terão que cumprir 20 anos de prisão em regime fechado por causa do crime. As investigações apontaram que os dois são garotos de programa. Eles disseram que cometeram o homicídio por causa de um desentendimento no pagamento do encontro.
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Suspeitos dizem que mataram advogado na Savassi após desentendimento em programaSuspeito de matar advogado em apartamento na Savassi é preso no RioPreso um dos suspeitos de assassinar advogado na SavassiAdvogado encontrado morto na Savassi foi vítima de latrocínio, diz políciaHomem é preso por vender passagens de cartões de ônibus roubadosNa época das prisões, os autores alegaram que o assassinato foi causado após um desacerto pelo pagamento de um programa sexual.
Em depoimento, os dois garotos ainda afirmaram que, o advogado, após o acerto com os rapazes, os levou para seu apartamento, onde ficaram por algumas horas. Segundo a versão dos presos, Pedro teria se recusado a pagar R$ 400 pelo programa por achar o valor muito alto, o que gerou desentendimento entre os três. Kendrick e Pedro teriam começado uma luta corporal e a vítima acabou recebendo um golpe conhecido como “mata leão”, desmaiando imediatamente. Logo depois disso, ele foi atingido com um golpe de faca no pescoço, que os autores arrumaram na cozinha da casa. A dupla fugiu levando aparelhos eletrônicos, roupas, sapatos e assessórios do imóvel.
Julgamento
Durante o processo, a defesa de Breno pediu a desclassificação do crime de latrocínio. O argumento usado foi que o réu queria o ressarcimento pelos serviços sexuais prestados.
Ao proferir a decisão, a juíza argumentou que os acusados deram versões diferentes ao longo da investigação e da ação penal. O mesmo aconteceu durante uma acareação realizada na delegacia. A magistrada também lembrou que em outros depoimentos, na fase investigatória, ambos os acusados afirmaram que a vítima pagou adiantado, situação não condizente com o suposto desentendimento sobre o valor do programa. Outro ponto destacado pela juíza foi o fato de que durante o interrogatório judicial, os acusados buscavam afastar a hipótese de coautoria de um latrocínio. Contudo, Breno confessou a subtração dos objetos.