O inquérito que investiga a morte de Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, assassinada em Frutal, no Triângulo Mineiro, após combinar uma carona em um grupo do WhatsApp, foi concluído pela Polícia Civil nesta sexta-feira. O resultado da apuração trouxe uma novidade. Jonathan Pereira Prado, de 33, vai responder, além de latrocínio – roubo seguido de morte – e ocultação de cadáver, por estupro. Se condenado, pode pegar até 43 anos de prisão.
O indiciamento de Jonathan foi confirmado por meio de nota pela Polícia Civil. Sobre o estupro, a corporação não informou quais foram os indícios que levaram a acusação deste crime. Mas, já indica que alguns dos elementos da apuração indicaram para os abusos. Uma coletiva será concedida pelo delegado Bruno Giovannini, responsável pelo caso, na próxima segunda-feira para detalhar como foi a investigação.
A hipótese de abusos sexuais foi levantada quando o corpo da jovem foi encontrado. Ela estava seminua, sem a calça jeans e a roupa íntima. Na quinta-feira, em conversa com o Estado de Minas, o delegado informou que exames estavam sendo feitos para comprovarem o crime. “Sobre os supostos abusos sexuais, desde o começo já sabíamos que não era nada visível. Por isso, foi preciso colher material genético para encaminhar ao laboratório para exames complementares, que ainda não ficaram prontos. São exames mais complexos, que demoram”, disse.
O assassinato ocorreu na noite do dia 1º novembro depois que a jovem combinou uma carona por meio de um aplicativo. Ela foi enforcada e morta por Jonathan a 25 quilômetros do destino da viagem combinada. A jovem iria de São José do Rio Preto (SP), onde estudava e trabalhava, para Itapagipe, em Minas, onde passaria o feriado prolongado com o namorado. Depois de viajar cerca de 125 quilômetros com o algoz – e a 25 quilômetros da chegada –, veio o desfecho trágico. Segundo Jonathan, ele pediu para a moça parar o carro e anunciou o assalto. Enforcou a vítima, amarrou seus braços para trás com uma corda premeditadamente levada na mochila e mergulhou a cabeça dela no Ribeirão Marimbondo, que passa às margens da MG-255, em Frutal.
Jonathan foi preso no dia 3 e foi levado para a Penitenciária de Frutal. Lá, acabou agredido por outros detentos. Ele sofreu um corte no supercílio e foi atendido pela enfermeira da unidade. Em seguida, foi separado dos colegas.