O delegado Thiago de Oliveira, responsável pelo inquérito que apura a morte do professor e médico Antônio Leite Alves Radicchi, de 63 anos, vai pedir a conversão da prisão em flagrante de Alexandre Siqueira de Freitas, preso pelo crime, para a preventiva. O homem ficou preso de junho de 2016 até setembro deste ano. Nessa segunda-feira, ele atacou a facadas o educador dentro de um ônibus da linha 9804 (Santa Efigênia/Renascença). A vítima foi atingida por aproximadamente 10 golpes.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), Alexandre esteve detido no Presídio de São Joaquim de Bicas II, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por 15 meses. Ele deixou a unidade prisional em 14 de setembro deste ano. Segundo o Fórum Lafayette, ele foi condenado em outubro a dois anos de reclusão por tentativa de homicídio. Porém, como já estava preso por quase a totalidade da pena, o juiz fixou o regime aberto.
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O assassinato aconteceu na manhã de segunda-feira. O professor entrou no ônibus da linha 9805 (Santa Efigênia/Renascença) por volta das 8h, no ponto da Praça Muqui, próximo ao número 111, como costumava fazer diariamente, no Bairro Renascença, na Região Nordeste de BH.
A confusão chamou a atenção de moradores e comerciantes da Rua Juazeiro, no Bairro São Cristóvão, onde o veículo parou. “Tinha acabado de abrir a loja. No ponto de ônibus estavam três pessoas.
Segundo a testemunha, Alexandre correu em direção a um aglomerado. “Peguei um porrete que eu tinha em meu estabelecimento e corri atrás dele. Quando vi que não conseguiria alcançá-lo, voltei e peguei meu carro. Rodei por várias ruas e não consegui encontrá-lo”, contou. A PM fez buscas na região do Bairro Concórdia e prendeu Alexandre e a mulher dele. O motorista do 9805 dirigiu até a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Odilon Behrens, onde deixou a vítima. Segundo a assessoria de imprensa da unidade, Radicchi morreu por volta das 14h30.
Em conversa com os policiais, Alexandre contou uma versão que não convenceu a família da vítima nem as testemunhas do crime. Ele alegou que o professor e outros cinco homens o agrediram em um bar na Rua Jacuí na noite de domingo.