Está previsto para a semana que vem o início do processo de manejo das capivaras que habitam a orla da Lagoa da Pampulha, conforme informado pela Prefeitura de Belo Horizonte. Os animais serão capturados e levados para contêineres, onde serão anestesiados e esterilizados. Carrapaticidas serão aplicados nas capivaras e, em um prazo de 72 horas, elas serão devolvidas à orla.
Na manhã desta sexta-feira, o secretário municipal de Meio Ambiente de BH, Mário Werneck, esteve no Parque Ecológico da Pampulha, onde foi montada a estrutura para captura e esterilização dos roedores, e concedeu entrevista coletiva para explicar como serão realizadas as ações.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Belo Horizonte, o processo de manejo deve durar até 12 meses e 15 profissionais, entre biólogos e médicos, fazem parte da equipe que trabalhará diretamente com os animais. A pasta acredita que há entre 85 e 100 capivaras no entorno da Lagoa da Pampulha. A maior concentração da espécie, conforme a PBH, está no Parque Ecológico da Pampulha.
O trabalho pretende controlar o avanço da febre maculosa, doença causada pelo carrapato-estrela, um hospedeiro das capivaras. Em 2017, a doença já matou duas pessoas na Grande BH no mês de outubro. Uma das vítimas, morador de Contagem, visitou o Parque Ecológico da Pampulha antes de apresentar os primeiros sintomas da febre maculosa.
No plano de ações da Prefeitura de Belo Horizonte, está previsto um mapeamento para verificar onde se encontra a maior concentração de carrapatos para aplicação de carrapaticidas, além de realizar cortes e manter a grama baixa no entorno da Lagoa da Pampulha.
Apesar de só as capivaras filhotes transmitirem a doença, a secretaria de Meio Ambiente informou que as capivaras adultas também serão esterilizadas. Placas de orientação ao público foram instaladas na orla da Lagoa da Pampulha sobre o carrapato-estrela e panfletos são distribuídos à população.
A ação de manejo está vinculado à assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público Estadual e a Secretaria de Meio Ambiente de Belo Horizonte. No documento, o MPMG estipulou um prazo de dois anos para o manejo e esterilização das capivaras.