“Tudo que combatia, era o mal. Só semeava o bem, o amor. Era o verdadeiro trabalhador e herói brasileiro." “Sempre fazia daqui o seu lar, o segundo lar. Fazendo novas amizades, e sempre muito importante na vida de cada aluno, cada companheiro que passou por ele." “Vamos juntos pela luta pela paz, pela vida, por amor." Essas foram algumas frases ditas por familiares, amigos, alunos e colegas de profissão do professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Antônio Leite Alves Radicchi, de 63 anos, em uma homenagem na abertura do Fórum de Atenção, Educação e Promoção de Saúde, que ele ajudou a criar. O evento acontece nesta sexta-feira, no salão nobre da Faculdade de Medicina. Radicchi foi assassinado dentro de um ônibus em Belo Horizonte durante um assalto. Um homem foi preso por causa do crime.
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Depoimentos contradizem versão de vingança para assassinato de professorJustiça decreta prisão preventiva de assassino confesso de professor da UFMGImagens de câmeras de ônibus serão analisadas na apuração de morte de professor da UFMGCorpo de professor da UFMG morto em ônibus é enterrado em clima de comoção e revoltaDelegado vai pedir a prisão preventiva de homem preso por morte de professor da UFMGHomem é condenado por matar professor da UFMG a facadas dentro de ônibus em BHAssassinatos com facas aumentaram quase 25% em Belo HorizontePresença de guardas municipais pode ser estendida aos ônibus da Estação VilarinhoA primeira homenagem ao professor foi durante a execução do Hino Nacional. A foto de Antônio foi estampada no telão fixado no palco. Em seguida, familiares, amigos, alunos e colegas fizeram discursos ressaltando a personalidade do professor, tido com uma pessoa boa, de bom coração e contra a violência. Também fizeram pedidos de justiça. “Mantivemos o fórum porque é dele, para ele e por ele. Estamos em pedaços, mas ele está ajudando. Os quatro filhos e a mulher do professor estiveram presentes e se emocionaram.
Vingança descartada
Depoimentos colhidos pela Polícia Civil descartaram a hipótese levantada por Alexandre Siqueira de Freitas, de 26, preso em flagrante pela morte de Antônio. No dia do crime, ao ser detido, ele afirmou que tinha brigado com o professor dias antes em um bar. Por causa disso, cometeu o crime. O delegado Thiago Oliveira, da 1ª Delegacia de Polícia Civil Leste, depois de ouvir versões de 10 testemunhas, constatou que não há elementos que reforçam essa possibilidade.
O crime deve ser tratado como latrocínio – roubo seguido de morte – que é crime hediondo, com penas bem mais severas que o homicídio. A prisão de Alexandre foi convertida para preventiva. Com isso, ele irá aguardar preso as investigações O crime aconteceu na manhã de segunda-feira, Radicchi foi esfaqueado por Alexandre que, junto com sua mulher, tentou roubar sua mochila dentro da linha 9805 (Santa Efigênia/Renascença). Com a reação, o professor foi golpeado com 10 facadas. O casal foi encontrado horas depois pela Polícia Militar (PM) e encaminhado para a delegacia.