Ainda segundo o documento, no percurso que Kelly fazia de São José do Rio Preto (SP) para Itapagipe (MG), quando estavam em Frutal, Jonathan pediu que a mulher parasse o carro. Com a parada, ele a teria atacado e dado uma gravata, fazendo com que Kelly desmaiasse. Ele ainda a teria retirado do carro, levado para um matagal, local onde a teria estuprado, mas a polícia ainda não divulgou o laudo pericial.
A denúncia diz que Jonathan matou Kelly para que ela não o reconhecesse. "A fim de evitar que a vítima o reconhecesse futuramente e para possibilitar que seus bens fossem subtraídos sem resistência, o executor comprimiu a corda que estava amarrada ao pescoço da jovem, executando-a cruelmente por asfixia mecânica decorrente de enforcamento”, diz o texto.
O Ministério Público denuncia, também, que no dia seguinte ao crime Jonathan entrou em contato com seu primo, Wender, para que ele recebesse alguns objetos roubados de Kelly, como pneus, perfume, chinelos e rodas do carro. Na parte da tarde, Daniel teria comprado o celular da jovem.
"Kelly foi vítima de um covarde psicopata", diz promotor de justiça
De acordo com Fabrício Lopo, promotor de justiça de Frutal, as investigações podem apontar para outros suspeitos, embora isso não interfira no processo aberto contra Jonathan. "De modo algum o resultado dessa diligência irá aditar ou tumultuar a responsabilização de Jonathan, que é o nosso norte", afirmou Lopo.
O promotor ainda orienta que as pessoas tenham cuidado com exposição, seja em redes sociais, como nas relações pessoais. "As pessoas devem ter cuidado com a segurança, preservando-se quanto a desconhecidos, e mantendo discrição quanto a sua vida social", afirmou Lopo, que acrescenta que Kelly, em momento algum, contribuiu para o crime. "Ela foi vítima de um covarde psicopata".
Ainda segundo Lopo, os réus permanecerão presos em razão da "gravidade do crime, da comoção social e pelo fato de Jonathan ter procurado obter falsa identidade para cometer o crime".
*Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie