Depois de três alunos de medicina se tornarem alvo de denúncia por irregularidades na Lei de Cotas, agora a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apura outro suposto caso de fraude nas cotas raciais do processo seletivo para o mestrado em comunicação. Estudantes denunciam que uma das candidatas aprovadas não tem as características físicas obrigatórias para preencher a vaga. As queixas foram recebidas na Ouvidoria da instituição de ensino e, segundo a UFMG, ainda serão apuradas.
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UFMG é criticada por não fazer triagem de candidatos às cotas raciaisRegulação de cotas raciais é desafio para o ensino superiorDA de medicina da UFMG cobra investigação de fraude nas cotas para negrosUFMG aprova cotas para cursos de pós-graduaçãoUFMG vai abrir processo contra 34 estudantes suspeitos de fraudar cotasAlunos da UFMG fazem dossiê com novas suspeitas de fraudes nas cotas raciaisUFMG adota regra mais rígida para ingresso por cotas raciais e abre espaço para deficientesPF faz operação contra desvio de dinheiro em obra do Ministério da Justiça e da UFMGPara desistir de cota, acusada de fraude deve formalizar na UFMG'Tenho direito e vou continuar', diz jovem acusada de fraudar cotas raciais da UFMGEla questiona que, enquanto isso, nove pessoas negras não passaram no mestrado utilizando a cota racial. "Até quando a instituição vai fechar os olhos? Não tenho dúvidas que ela se esforçou no processo, porém houve a conveniência do uso de um direito do qual não lhe pertence", pontua.
Procurada pela reportagem, a acusada A.C.A, de 27 anos, se defendeu das acusações. "Eu sou parda, eu sou afrodescedente e me encaixo nas cotas. No início, fiquei preocupada de ter entendido mal a natureza das cotas. Mas, eu pesquisei e eu estou sim inclusa. As pardas também tem direito a cotas", pontuou a estudante. Ela enviou uma carta com a autodeclaração e conta que cresceu com os avós, sendo que o avô é negro e os pais são pardos.
A UFMG informa que está apurando o caso.