Jornal Estado de Minas

Minas tem 23% dos municípios com risco de surto de doenças decorrentes do Aedes aegypti


O alerta foi ligado em Minas Gerais por causa da dengue, zika e chikungunya. Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2017 aponta que 23% dos municípios mineiros têm risco de surto das doenças transmitidas pelo mosquito. A atenção deve ser redobrada, já que está se aproximando o pior período de proliferação do inseto. Belo Horizonte está em situação satisfatória em relação ao estudo. Mesmo assim, ficou comprovado que 86,7% dos criadouros na capital estão dentro dos domicílios.

O resultado do Liraa foi divulgado nessa terça-feira pelo Ministério da Saúde. De acordo com o órgão, dos 853 municípios mineiros, 814 participaram do levantamento. Destes, 196 encontram-se em situação de alerta ou risco de surto de dengue, zika e chikungunya.
Outros 178 aparecem em alerta e 618 estão em situação satisfatória.

O boletim epidemiológico aponta uma diminuição no número de casos da dengue no Brasil neste ano. Foram 239.076, redução de 83,7% em relação ao mesmo período de 2016. As mortes pela doença também diminuíram, foram 122 em 2017, contra 694 do período anterior. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram que Minas registrou 27.913 casos prováveis e 14 mortes pela enfermidade. Outros 11 óbitos seguem em investigação.

Para o ministro da Saúde, Ricardo Barros, é preciso uma ação conjunta entre estados e município no combate ao vetor da doença.
“O enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti é prioridade do Governo Federal, por isso definimos um dia de mobilização, a Sexta Sem Mosquito, quando mobilizaremos ministros de estado e autoridades locais para estarem em todos os estados do país chamando a atenção da população para a importância de combater o mosquito”, informou.

Chikungunya

Uma das grandes preocupações é com ao aumento da febre chikungunya. Como ainda é pouco o número de pessoas que já contraíram a enfermidade, grande parte da população ainda não produziu anticorpos suficientes para escapar da doença. Até 11 de novembro, foram registrados 184.458 casos prováveis da enfermidade, o que representa uma taxa de incidência de 89,5 casos para cada 100 mil habitantes. A redução é de 32,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

Minas Gerais registrou 17.307 casos prováveis de chikungunya neste ano. Em 2016 foram 1.361. Neste ano, já são 12 casos registrados, sendo 10 em Governador Valadares, um em Central de Minas, ambas na Região do Rio Doce, e outra em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Os pacientes são os primeiros a perderem a vida pela doença no Estado em toda sua história.
Outros oito óbitos ainda estão sendo investigados. .