A Polícia Federal (PF) desencadeou, na manhã desta quinta-feira, uma operação para colher provas contra uma associação criminosa formada por servidores da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), da Fundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba (Funepu) e proprietários de empresas que teriam se organizado para desvio de recursos públicos. O dinheiro foi destinado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para aplicação no Complexo Cultura e Científico de Peirópolis.
De acordo com a Polícia Federal, o desvio dos recursos públicos aconteceu por meio do superfaturamento de materiais e serviços fornecidos pelas empresas, pagamento por materiais e serviços que não foram entregues e alteração da qualidade de materiais entregues.
Com as investigações foi possível verificar que duas das empresas beneficiadas receberam juntas cerca de 60% dos recursos disponibilizados para o projeto e que estas mesmas empresas são ligadas a uma servidora da UFTM, responsável por fiscalizar a execução do convênio.
Ainda segundo a PF, as fraudes apuradas resultaram em um prejuízo de aproximadamente R$ 1,8 milhão aos cofres públicos. A operação, chamada Estirpe, recebeu esse nome porque os proprietários das duas empresas que estariam no centro das irregularidades têm parentesco com a servidora da UFTM. Portanto, da mesma estirpe ou família.