Depois de colorir as paredes de quatro prédios em julho, o Circuito Urbano de Arte (Cura) grafitará mais duas empenas do Centro pra não deixar o aniversário de BH passar em branco. Entre os dias 6 e 17, o Cura fará uma edição extra para homenagear os 120 anos.
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O segundo endereço será a Garagem São José, que fica na Rua Tupis, 70, e tem 56 metros de altura e 31 metros de largura. O prédio será pintado pela artista argentina Milu Correch. O local foi a maior garagem motorizada do Brasil e se vê entre os arcos do Viaduto Santa Tereza. Os detalhes, aos quais o Estado de Minas obteve acesso, serão divulgados em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira.
"Uma oportunidade que surgiu, e que abraçamos com coragem e disposição, de levar novamente a arte para o espaço público, de colocar artistas de BH em evidência no cenário internacional e de trazer artistas de fora do Brasil para trocar experiências, técnicas e conceitos com a cena belo-horizontina", descreve o evento do Cura.
Nessa edição extra, o foco estará voltado exclusivamente para as pinturas que serão realizadas nas fachadas dos prédios e não teremos a programação cultural.
PRIMEIRA EDIÇÃO
Em julho, ocorreu a primeira edição do evento, que surgiu pelo olhar da artista visual Priscila Amoni e das produtoras Juliana Flores e Janaína Macruz. Elas não avistavam apenas paredes cinzentas sem graça, mas telas que aguardam desenhos. Ao sonhar que a capital se torne referência internacional no conceito de artes urbanas, o trio concebeu o Circuito Urbano de Arte (Cura).
Resgatando a trajetória da arte urbana na cidade, a partida do primeiro festival de pintura em edifícios foi dada por cinco artistas nacionais e internacionais com experiência em murais em grande escala.
O artista Thiago Mazza foi responsável pelo painel que retrata os mascotes de Atlético e Cruzeiro, o galo e a raposa, no edifício Satélite, na Rua da Bahia. Priscila Amoni pintou uma mulher de pele escura, de corpo inteiro, no Edifício Hotel Rio Jordão, na Rua Rio de Janeiro. A ideia foi retratar o poder feminino, principalmente o das negras.
A dupla Acidum Project, de Fortaleza (CE), formada por Tereza Dequinta e Robézio Marqs, pintou um mural com pegada surreal, abstrato e fantástico, inspirado em aspectos da cidade como sons, sabores, ideias e cores. E a espanhola Marina Capdevilla fez um desenho com elementos tipicamente nacionais como cocar indígena, pandeiro, máscara de carnaval e adereço de Carmen Miranda, no edifício Trianon, também na Rua da Bahia. “Finalizamos tudo e assinamos as obras. Agora, está tudo pronto para ficar eterno”, afirma Thiago Mazza.