O pente-fino nos veículos de carga que trafegam pelo Anel Rodoviário de Belo Horizonte vai começar em 11 de dezembro. As carretas e caminhões serão fiscalizadas. Nas ações, serão verificadas as condições de freios, motor e toda a parte mecânica. A data de início da operação foi divulgada durante audiência pública realizada nesta sexta-feira na Câmara Municipal de Belo Horizonte.
Outra ação que está prevista no projeto de diminuir os acidentes graves no Anel Rodoviário é a restrição da circulação dos veículos de cargas. A implantação da retenção dos caminhões e carretas depende de audiência pública, que tem duração de 90 dias. E o início dela é condicionado a um rito legal. Nela, serão colhidas informações que permitirão definir o perfil dos veículos que sofrerão o impedimento de circular e o horário. A previsão é que a medida, que vai compreender o Bairro Olhos D’água (Região do Barreiro) até a Avenida Amazonas (Região Oeste), está prevista para o primeiro trimestre do próximo ano.
De janeiro a outubro, 27 pessoas morreram na rodovia, por onde circulam cerca de 160 mil veículos todos os dias. Os números apontam redução de acidentes e óbitos quando os dados de 2017 são comparados com o mesmo período do ano passado. Nos 10 primeiros meses de 2016, foram 31 mortes. Mesmo assim, tragédias continuam acontecendo na via. Em 6 de setembro, o policial civil Dogmar Alves Monteiro, sua mulher e filho morreram em um acidente. Um caminhão esmagou o veículo do policial ao não conseguir parar em um congestionamento que chegou ao fim da descida do Bairro Betânia, Oeste de BH, causado pelo estrangulamento da pista no pontilhão da linha férrea do Bairro das Indústrias (Região do Barreiro).
Naquela ocasião, o prefeito de BH, Alexandre Kalil, reagiu e entrou na Justiça pedindo a municipalização do Anel, que é uma rodovia federal e pertence ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).