Quatro autores envolvidos na morte de duas adolescentes, 16 e 18 anos, e na tentativa de assassinato de uma terceira, de 15, em um sítio de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram indiciados pela polícia por homicídios e tentativa. Um deles também foi indiciado pelo crime de corrupção de menores para prostituição.
Segundo o delegado Rodrigo Rodrigues, responsável pelas investigações, vítimas e suspeitos teriam discutido antes do crime. “O motivo do desentendimento seria porque as vítimas insinuaram que as companheiras de dois autores, que ainda não identificadas, teriam roubado R$ 70 de uma das vítimas”, contou o delegado.
Depois da discussão, as três meninas foram obrigadas a entrar num Fiat Palio, de cor cinza. As meninas foram feitas reféns por cerca de duas horas. Os criminosos ameaçavam as jovens e queriam obrigá-las a manter relações sexuais com eles. Diante da recusa das garotas, os criminosos ficaram agressivos.
A menor, que depois de baleada fingiu-se de morta, para escapar dos criminosos, pediu socorro a moradores vizinhos e relatou o caso.
Prostituição
O assassinato das duas garotas revelou um esquema de prostituição em orgias realizadas no sítio. Entre os envolvidos, um político da cidade vizinha de Contagem, que já foi candidato ao governo estadual, foi ouvido, mas acabou liberado por falta de provas. De acordo com a Polícia Civil, outras seis pessoas também foram indiciadas pelo crime de corrupção de menores para prostituição.
Na investigação do duplo homicídio, foi constatado que a duas vítimas faziam parte de um grupo de cinco amigas, de Contagem, que foram aliciadas pelo caseiro do sítio para atender sexualmente aos convidados, no evento realizado na noite da última sexta-feira, 17 de novembro.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie