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Chuva contínua e pancadas com grande volume aumentam as ameaças na Grande BH Mortes e prejuízos causados pela chuva deixam Minas Gerais em alertaServas e Cruz Vermelha pedem doações para atingidos por temporalEnchente na Zona da MataEstragos da chuva em Urucânia Idoso desaparece em mata e bombeiros realizam buscas pelo segundo dia consecutivoCorpo de adolescente é encontrado em Urucânia, na Zona da MataMoradores contabilizam prejuízos da chuva na PampulhaUnião reconhece situação de emergência pelas chuvas em Ribeirão das Neves e TombosChuva que caiu em BH descarregou lixo de córregos na Lagoa da PampulhaPM registra 4 ataques a banco em Minas; cabo é baleado em distrito de OliveiraEm Urucânia, na Zona da Mata, quatro pessoas estão desaparecidas após terem sido arrastadas pela enxurrada na localidade de Sítio Parada Paulista e na região da Usina de Jatiboca. Na segunda-feira, o Corpo de Bombeiros chegou a informar que as vítimas eram duas mulheres e duas crianças. Mas, de acordo com o prefeito de Urucânia, Frederico Brum de Carvalho, bombeiros que estão no local informaram que as vítimas são avó, duas crianças e um homem. “Eles retomaram as buscas, acham que estão em Santo Antônio do Grama”, explicou o chefe do Executivo nesta manhã. Atuam no local bombeiros de Ponte Nova, Manhuaçu e Belo Horizonte.
O temporal ocorreu no dia 3 e a prefeitura já decretou situação de emergência. De acordo com o prefeito, os dois córregos que cortam Urucânia se transformaram em um único rio durante a chuva. “Foi um volume de água sem precedentes. A gente nunca havia passado por isso. Falaram em 155 milímetros em quatro horas” explicou.
Conforme o prefeito, Urucânia tenta se restabelecer, mas ainda há muitas dificuldades. O povoado de Bandeiras está sem energia elétrica e a cidade precisa de água potável. A Usina de Jatiboca, que trabalha com cana-de-açúcar, foi “quase devastada”, nas palavras de Frederico Brum.
Além da enchente, Urucânia registrou deslizamentos de terra e quedas de barrancos. As famílias desabrigadas foram levadas para uma creche e um hotel da cidade.
Os bombeiros também estão à procura de um homem de 80 anos que teria desaparecido em São Pedro dos Ferros, também na Zona da Mata. Segundo a corporação, o desaparecimento dele ainda não foi confirmado. Segundo relatos, ele estava ajudando pessoas ilhadas na comunidade dele.
Durante a madrugada, equipes do Corpo de Bombeiros resgataram 15 pessoas que estavam ilhadas em Águas Ferras, distrito de Rio Casca, outro município atingido pela chuva. As vítimas eram idosos e outras pessoas com dificuldades de locomoção.
Segundo os bombeiros, a água atingiu quase totalmente as moradias em Águas Férreas e também no distrito de Vista Alegre. Alguns trechos só puderam ser atravessados a nado. Nesta manhã, não chove e o nível da água está baixando.
MORTES
A Defesa Civil de Minas Gerais já confirma cinco mortes em função do período chuvoso. As duas últimas vítimas a entrarem na lista são o menino identificado pelas iniciais F.L.S.P, de 6 anos, morto após ser levado pela enxurrada em uma rodovia em Perdizes, no Alto Paranaíba. O caso ocorreu no dia 1º. No domingo, uma idosa ainda não identificada morreu afogada dentro de casa durante um alagamento em Ribeirão das Neves, na Grande BH. Vizinhos tentaram resgatá-la, mas não conseguiram entrar no imóvel a tempo. Ela sofria de Alzheimer e tinha problemas de locomoção.
As três primeiras mortes do período ocorreram em 2 de outubro. Em Belo Horizonte, o taxista Fábio Teixeira Mageste, de 35 anos, morreu quando seu carro foi atingido por uma árvore na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Na mesma data, os lavradores Laurinete Ribeiro da Silva, de 41 anos, e José Everaldo da Silva, 36 anos, foram atingidos por uma descarga elétrica enquanto trabalhavam em uma plantação em Uberaba, no Triângulo Mineiro.
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