Jovem senhora de 120 anos, Belo Horizonte acaba de ganhar duas enormes tatuagens. Presentes do projeto Circuito Urbano de Arte, o Cura Arte, - que já marcou a cidade com outros quatro grandes murais, - elas estão sendo gravadas nas empenas de dois prédios do centro da capital mineira. Um deles é o edifício Garagem São José, situado à Rua Tupis, 70. O outro imóvel é o Príncipe de Gales, na Rua Tupinambás, 179. Os dois ficam no Centro da cidade. Os painéis começaram a ser pintados hoje pelos artistas Daniel Melo Santos e Millu Corech. A previsão é de que fiquem prontos até o dia 17.
A partir de terça-feira, das 16 às 22h, os trabalhos poderão ser acompanhados do mirante cura, na Rua Sapucaí, onde haverá dois DJs e e bike food bikes para entreter os visitantes. No dia 17, domingo, último do evento – chamado de Cura X –, as seis obras produzidas pelo Circuito Urbano de Arte desde julho ganharão iluminação especial, para que possam ser contempladas também à noite.
O artista plástico Davi Melo Santos, conhecido na cena de street art de BH como DMS, é o responsável pela pintura do edifício Príncipe de Gales. O belo-horizontino faz mistério sobre o conteúdo de sua pintura, que ocupará uma área de 900 metros quadrados. “Será um presente-surpresa”, brinca ele, que gastará cerca de 200 litros de tinta látex e 70 latas de spray para elaborar o mural. Deu, contudo, algumas pistas do tema que guiará seus traços e pinceladas. “Adianto que não vou fazer nada abstrato. É um desenho figurativo, que evoca o universo interno das pessoas, o que elas têm dentro de si, além do invólucro, da cor da pele, da etnia. Estou abordando, com isso, a união dos povos, fazendo um chamado à paz. Não deixa de ser meu desejo para BH, uma metrópole com muitas qualidades mas que, como muitas outras, ainda abriga muito racismo, tem muito que evoluir”, explica o rapaz, que já levou sua arte a países como Reino Unido, Tailândia, Alemanha, Taiwan, Palestina e Itália.
Os conceitos de dia e noite também serão expostos na tela de DMS, cuja paleta de cores inclui azul, preto, laranja, fúcsia, violeta e rosa. “Eu trouxe essa ideia da Itália, onde desenvolvi um quadro que falava sobre a chegada do povo africano à Europa, e como ele foi recebido. Ele está no meu Instagram (@dms_onelove). Então, quem estiver muito curioso sobre essa empena que estou pintando, pode dar uma procurada lá, que dá para ter uma ideia”, sugere o artista.
Inserida na vertente do muralismo contemporâneo, a argentina Milu Correch vai preencher é a lateral do prédio Garagem São José com representações femininas. Sem suspense, ela revela o que estampar no espaço de 56 metros de altura por 36 de largura que ganhou para ilustrar: “São duas mulheres em conexão com a natureza. Escolhi fazer isso porque, nas cidades, geralmente, nós aparecemos em anúncios para vender produtos. Como modelos usadas para vender coisas. Então, quis trazer essa imagem mais humanizada”, explica a moça, que chegou há dois dias à capital mineira.
Cura Arte Realizado nos meses de julho e agosto em Belo horizonte, o projeto Circuito Urbano de Arte, o Cura Arte, criou outros quatro painéis pelo Centro da cidade: o do Edifício Tapajós, pintado pelos artistas Tereza Dequinta e Robézio Marqs, do Acidum Project, o do Edifício Satélite, obra do artista Thiago Mazza, o do prédio Trianon, painel de Marina Capdevilla, e o do Hotel Rio Jordão, trabalho de Priscila Amoni. Em 2018, o Cura deve ocorrer novamente em julho, contemplando seis ou sete prédios.
Espetáculos do Galpão
Paralelamente ao Cura X, no domingo, às 14h, embaixo do Viaduto Santa Tereza, o Grupo Galpão apresenta o espetáculo De Tempo Somos – um sarau do Grupo Galpão. No dia 12, aniversário da cidade, a trupe se apresenta às 19h, na Casa Fiat de Cultura, na Praça da Liberdade, com o espetáculo Os gigantes da montanha. A entrada para ambos os eventos é franca.
A partir de terça-feira, das 16 às 22h, os trabalhos poderão ser acompanhados do mirante cura, na Rua Sapucaí, onde haverá dois DJs e e bike food bikes para entreter os visitantes. No dia 17, domingo, último do evento – chamado de Cura X –, as seis obras produzidas pelo Circuito Urbano de Arte desde julho ganharão iluminação especial, para que possam ser contempladas também à noite.
O artista plástico Davi Melo Santos, conhecido na cena de street art de BH como DMS, é o responsável pela pintura do edifício Príncipe de Gales. O belo-horizontino faz mistério sobre o conteúdo de sua pintura, que ocupará uma área de 900 metros quadrados. “Será um presente-surpresa”, brinca ele, que gastará cerca de 200 litros de tinta látex e 70 latas de spray para elaborar o mural. Deu, contudo, algumas pistas do tema que guiará seus traços e pinceladas. “Adianto que não vou fazer nada abstrato. É um desenho figurativo, que evoca o universo interno das pessoas, o que elas têm dentro de si, além do invólucro, da cor da pele, da etnia. Estou abordando, com isso, a união dos povos, fazendo um chamado à paz. Não deixa de ser meu desejo para BH, uma metrópole com muitas qualidades mas que, como muitas outras, ainda abriga muito racismo, tem muito que evoluir”, explica o rapaz, que já levou sua arte a países como Reino Unido, Tailândia, Alemanha, Taiwan, Palestina e Itália.
Os conceitos de dia e noite também serão expostos na tela de DMS, cuja paleta de cores inclui azul, preto, laranja, fúcsia, violeta e rosa. “Eu trouxe essa ideia da Itália, onde desenvolvi um quadro que falava sobre a chegada do povo africano à Europa, e como ele foi recebido. Ele está no meu Instagram (@dms_onelove). Então, quem estiver muito curioso sobre essa empena que estou pintando, pode dar uma procurada lá, que dá para ter uma ideia”, sugere o artista.
Inserida na vertente do muralismo contemporâneo, a argentina Milu Correch vai preencher é a lateral do prédio Garagem São José com representações femininas. Sem suspense, ela revela o que estampar no espaço de 56 metros de altura por 36 de largura que ganhou para ilustrar: “São duas mulheres em conexão com a natureza. Escolhi fazer isso porque, nas cidades, geralmente, nós aparecemos em anúncios para vender produtos. Como modelos usadas para vender coisas. Então, quis trazer essa imagem mais humanizada”, explica a moça, que chegou há dois dias à capital mineira.
Cura Arte Realizado nos meses de julho e agosto em Belo horizonte, o projeto Circuito Urbano de Arte, o Cura Arte, criou outros quatro painéis pelo Centro da cidade: o do Edifício Tapajós, pintado pelos artistas Tereza Dequinta e Robézio Marqs, do Acidum Project, o do Edifício Satélite, obra do artista Thiago Mazza, o do prédio Trianon, painel de Marina Capdevilla, e o do Hotel Rio Jordão, trabalho de Priscila Amoni. Em 2018, o Cura deve ocorrer novamente em julho, contemplando seis ou sete prédios.
Espetáculos do Galpão
Paralelamente ao Cura X, no domingo, às 14h, embaixo do Viaduto Santa Tereza, o Grupo Galpão apresenta o espetáculo De Tempo Somos – um sarau do Grupo Galpão. No dia 12, aniversário da cidade, a trupe se apresenta às 19h, na Casa Fiat de Cultura, na Praça da Liberdade, com o espetáculo Os gigantes da montanha. A entrada para ambos os eventos é franca.