Jornal Estado de Minas

Exames confirmam morte por febre amarela no Parque das Mangabeiras

O macaco encontrado morto no Parque das Mangabeiras, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, no início desta semana semana, foi diagnosticado com febre amarela. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde de BH nesta manhã de sexta-feira. 
 
O primata foi recolhido e enviado para análises clínicas na terça-feira, quando a PBH anunciou que o parque e a Serra do Curral seriam fechados para visitação. Uma operação minuciosa foi realizada nas áreas dos equipamentos para eliminar possíveis focos do Aedes aegypti, transmissor da doença. 
 
Com a  confirmação da morte por febre amarela, a PBH ainda não informou por quanto tempo o Parque das Mangabeiras e a Serra do Curral ficarão fechados para visitação.
 
A morte dos macacos antecede a infecção do vírus em humanos. Diante deste cenário, a Secretaria de Saúde reforça os moradores que ainda não se vacinaram contra a febre amarela que procurem um dos 152 centros de saúde da cidade, independentemente se frequentam a área verde ou não. 

Essa é a segunda vez que o parque é fechado este ano por causa da febre amarela. A área verde ficou sem visitação por 120 dias depois que macacos foram encontrados mortos no local. O longo período de fechamento teve início em 23 de fevereiro e foi motivado pelo risco de transmissão da doença durante surto em Minas Gerais. 

Como o Estado de Minas mostrou na última quinta-feira, mesmo sem registrar novos casos em humanos, desde julho foram registrados óbitos de primatas em 97 municípios mineiros. Deste total, oito foram confirmados com a enfermidade. Ainda estão sendo investigados ocorrências em 18 cidades.
Em outras 30 a causa da morte ainda é indeterminada, pois não houve a coleta de amostra de material genético.

Surto da doença 

Minas Gerais não registra um novo caso da doença desde junho deste ano. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), o último paciente que contraiu febre amarela no estado começou a sentir os sintomas em 9 de junho. Desde dezembro de 2016, foram registrados 475 casos da doença e 162 mortes.
A enfermidade, em sua forma silvestre, teve o seu pior surto no país desde 1980, segundo o Ministério da Saúde. Foram mais 261 pessoas mortas em decorrência da moléstia, e mais de 770 infectadas, desde dezembro do ano passado. Somente Minas registrou 62% do total de óbitos do país.
 
(Com informações de João Henrique do Vale) 

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