O período chuvoso, historicamente, apresenta significados diferentes para os mineiros. Enquanto alguns agonizam com a seca e aguardam as preciptações para um alívio na falta de água, outros temem a chegada da chuva com medo de prejuízos causados pelos alagamentos, quedas de ávores, deslizamento de encostas e descargas elétricas.
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Para se ter uma ideia do excesso de lixo que é descartado pela população, dados divulgados pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) mostram que entre os dias 1º e 4 deste mês, quando a capital registrou alto volume de chuva e ocorrências de alagamentos de vias, cerca de 600 toneladas de lixo foram recolhidos pela Superientendência de Limpeza Urbana (SLU). Dos resíduos recolhidos, segundo a PBH, a maioria eram garrafas pets e embalagens plásticas.
"A população faz muito descarte incorreto de material de construção, entulho, embalagens plásticas de alimentos e de garrafas pets em terrenos e lotes vagos. Quando chove, ainda que colocado nesses locais, esse lixo é carreado e conduzido pela água, conduzido aos bueiros e aí se acumula nas galerias pluviais. No caso das garrafas pets e dos materiais de construção os problemas são piores, porque são materiais de dificil degradação", diz o tenente.
Para que o índice de lixo encontrado nas ruas diminua, Pedro Aihara alerta para a importância da sociedade em contribuir com as autoridades para a prevenção de incidentes que podem ser ocasionados durante períodos de chuva forte.
"Dentro do projeto 'Bombeiro nas Escolas' a gente envia militares para darem palestras de conscientização sobre o risco de se jogar lixo nas ruas e o os reflexos e impactos que isso pode gerar na sociedade. Se os moradores não cuidarem, quem experimenta os reflexos somos todos nós. Não adianta pensar no problema só quando chove, temos que pensar nisso desde a época da normalidade, para evitar problemas nos períodos de chuva", salientou Aihara.
Cuidados
Se o ditado diz que "quem está na chuva é para se molhar", o Corpo de Bombeiros alerta: "Quem tá na chuva é para se cuidar." Neste sentido, militares da corporação visitam áreas de risco e que têm registros de inundações para darem dicas e treinamentos aos moradores, ainda segundo o tenente Pedro Aihara.
"Temos o núcleo de capacitação de alerta de chuva e a gente trabalha na capacitação das pessoas da comunidade para agir na primera resposta em caso de chuva forte. A gente dá o treinamento, que envolve salvamento de pessoas em risco com utilização de cordas e materias de segurança."
Ainda de acordo com a corporação, durante temporais – mais frequentes entre novembro e março – as pessoas, mesmo recebendo os treinamentos, devem afastar-se de áreas de risco de inundações, quedas de árvores e que possam ter riscos de deslizamentos de terra.
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