Vinte toneladas de fumo sem nota fiscal foram apreendidas, na manhã desta quarta-feira, durante uma operação criada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Secretaria de Estado de Fazenda (SEF), Advocacia-Geral do Estado (AGE) e Polícia Civil – em parceria com a Receita Federal do Brasil. O fumo seria usado na produção de 1,5 milhão de maços de cigarro.
De acordo com informações do MPMG, mesmo estando com o seu registro de fabricação suspenso pela Receita Federal desde 2013, a empresa continuava a produzir cigarros das marcas Mixx e Real Gold. Para não levantar suspeitas, adquiria a matéria-prima usada na fabricação do filtro – triacetina e cabo acetato – em nome de outras empresas de fachada pertencentes ao grupo.
Em 2016, a Receita Federal identificou e apreendeu caixas de cigarros produzidos pela indústria no interior do estado de São Paulo. Recentemente, os órgãos confirmaram a venda de caixas de cigarros Mixx em estabelecimentos comerciais no interior de Minais Gerais (Leopoldina, Ubá e São João Del-Rei).
As investigações, de acordo com o MPMG, mostraram fortes indícios da falsificação de selos do Imposto sobre Produção Industrial (IPI). Exame preliminar realizado em maços da marca Mixx constataram a inautenticidade do material utilizado pelos investigados para substituir o selo original confeccionado pela Casa da Moeda. Além da falsificação, foi apurado o uso de selos sem validade.
As pessoas envolvidas no esquema poderão responder na Justiça pelos crimes de falsificação de selos de IPI, organização criminosa, lavagem de dinheiro e venda de substância nociva à saúde.