Depois das recentes denúncias de fraude da Lei de Cotas por parte de estudantes, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou novas medidas: estudantes aprovados na modalidade de reserva de vagas étnico-raciais em cursos de graduação deverão redigir, de próprio punho, carta com os motivos que justificam sua autodeclaração de pertencimento nesse segmento. Outra novidade para cursos presenciais de graduação é a reserva de vagas para candidatos com deficiência. Conforme foi informado no site da instituição na noite desta quarta-feira, as medidas valerão a partir do primeiro semestre letivo de 2018.
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A autodeclaração deve ser redigida em formulário próprio e entregue pelo candidato aprovado no Sisu no momento do registro acadêmico.
A condição de pessoa com deficiência deve ser comprovada em perícia médica obrigatória e com apresentação de laudo médico – conforme modelo disponível na página do Sisu UFMG –, informando tipo e grau da deficiência, nos termos do artigo 4º do Decreto 3.298/99, com expressa referência ao código correspondente da Classificação Internacional de Doenças (CID).
Para 2018, a UFMG disponibilizará 6.339 vagas em seus cursos de graduação, das quais 3.172 são reservadas a candidatos que cursaram integralmente o ensino médio na rede pública de ensino e 3.167 vagas para ampla concorrência.
SELEÇÃO 2018
As inscrições para a primeira edição do Sisu 2018 começam em 29 de janeiro e encerram-se às 23h59 de 1º de fevereiro (horário de Brasília), exclusivamente pela internet. Por meio desse sistema, os candidatos usam as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 para pleitear uma vaga em uma das universidades públicas que aderiram ao Sisu.
NÚMEROS DA INCLUSÃO
Dos cerca de 32 mil alunos de graduação matriculados atualmente na UFMG, 11 mil se autodeclararam pardos e cerca de 2,7 mil, pretos. Entre os 6.633 alunos que ingressaram nos cursos de graduação, em 2016, 2.624 se autodeclararam pardos, e 578, pretos.