Em momento solidário, artistas abrem mão de seus cachês e levam para crianças e adultos de Janaúba um pouco de conforto às vésperas das comemorações natalinas. A banda Pato Fu realiza, no domingo, o show Música de brinquedo 2 em homenagem às crianças e a todos os moradores de Janaúba, no Norte de Minas, que sofreram um trauma que sensibilizou o país inteiro. O espetáculo será na Praça Viva Vida, às 19h.
As apresentações são gratuitas e abertas à população. Os artistas também abriram mão de seus cachês. A Cemig patrocina o projeto Música de brinquedo 2 e está organizando e viabilizando a ação em parceria com o Serviço Voluntário de Assistência Social de Minas Gerais (Servas), com apoio da Prefeitura de Janaúba e também do Serviço Social do Comércio (Sesc).
A vocalista do Pato Fu, Fernanda Takai, comentou a decisão de fazer o show. “O Música de brinquedo tem feito a alegria de muita gente ao longo de sete anos. Agora temos um novo espetáculo para proporcionar um momento de leveza e felicidade a todos. Não há pessoa neste país que não tenha ficado comovida com o que ocorreu em Janaúba, por isso achamos que realizar o show na cidade significa levar um pouco de carinho aos seus moradores e especialmente às famílias que perderam pessoas queridas”, disse.
“É um presente nosso para a população de Janaúba, que passou por um grande trauma este ano. Que o espetáculo seja um momento de confraternização entre os moradores da cidade e uma bandeira de esperança de um 2018 melhor”, apontou a presidente do Servas, Carolina Pimentel.
Antes do show, a cidade será contemplada também com uma programação para toda a família. Haverá a Rua de Lazer, oferecida pelo Sesc, a partir das 13h30, e a Carreta do Papai Noel, da Cemig, às 16h.
TRAGÉDIA Na manhã de 5 de outubro, por volta das 9h40, o vigia Damião Soares dos Santos, de 50 anos, entrou na Creche Municipal Gente Inocente, onde trabalhava, e ateou fogo em crianças e em si mesmo. Nove crianças, a professora Heley Abreu Batista, de 43 anos, e o autor do ataque morreram no dia do ataque. A auxiliar de professora Geni Oliveira Lopes Martins, de 63, morreu em Belo Horizonte (MG), na madrugada em 4 de novembro. E Jéssica Morgana, de 23, também professora, faleceu em 4 de dezembro, totalizando 13 mortos.
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