De repente, o hospital não parecia mais hospital. Árvore, presentes, e toda a decoração natalina tomavam conta da pediatria. Sentadas, dezenas de crianças e familiares aguardavam ansiosamente a chegada dele. Não tinha mais remédio, dor nem agulhas. O bom velhinho chegaria trazendo alegria e alento. O telão começou a mostrar o que não podiam ver do lado de fora. Papai Noel dispensou o trenó para chegar de maneira moderna e esportiva para alegrar os pacientes pediátricos internados na Santa Casa de Belo Horizonte, na Região Hospitalar. De rapel, ele e uma duende, sua auxiliar inseparável, começaram a descer a partir do 13º andar, até chegar à sacada do terceiro pavimento, onde a meninada os recebeu com contagem regressiva. No segundo ano do Natal especial promovido na unidade de saúde, sobrou emoção e solidariedade.
O Papai Noel fez fotos e distribuiu presentes para 90 crianças e adolescentes com até 17 anos de idade. Ao hall, onde ocorreu a festa, foram levados 50 meninos e meninas em melhor estado de saúde. “O espírito de Natal envolve todo mundo, mas a criança hospitalizada fica fora, pelo contexto familiar, a possibilidade de brincar e outros fatores. Queremos, assim, reportar um pouco disso”, afirma a gerente da Unidade de Cuidados Materno-Infantis da Santa Casa, Cássia Regina Lima. Familiares que não puderam comparecer tiveram a opção de acompanhar o evento em transmissão ao vivo pelo Facebook.
“Ano passado, quando fizemos pela primeira vez, esse dia foi incrível. Não teve nenhuma criança medicada para dor”, conta Cássia. Os presentes foram preparados por amigos da psicopedagoga da unidade e por funcionários do hospital. A meninada também se envolveu bem, da produção dos cartões, passando pela preparação e decoração. “As crianças substituem qualquer sentimento de dor por amor, por alegria e pela magia do Natal”, ressalta a gerente.
O pequeno Izac Pereira Gomes, de 3 anos, não perdeu tempo. Assim que Papai Noel entrou na sala, ele correu para pular nos braços do bom velhinho. E ganhou o que tinha pedido: uma bola. Internado há sete dias por causa de uma dor crônica no abdômen que está sendo investigada, o menino nem parecia estar em ambiente hospitalar, de tanta energia que pulsava. A primeira atitude foi desembrulhar o presente e começar a chutar a bola. “Quando a criança sai do lar, é como se estivesse perdida e, às vezes, não se adapta a outro ambiente. A interatividade ajuda na recuperação e a sair da rotina de doença”, afirmou a mãe de Izac, a enfermeira Manuela Pereira dos Santos, de 33.
O motorista Mailson Soledade Lopes, de 28, estava com a filha no colo esperando o Papai Noel. Katariny, de 2 anos e 8 meses, está internada há um mês e tem previsão de alta para amanhã. “Ela já entende um pouco de Papai Noel. Fica animada, mas também com um pouco de medo. Esse tipo de confraternização é um alento para eles e para nós”, disse.
O menino Lucas da Silva Souza, de 13, também era só alegria. Acostumado há sete anos a uma rotina de hospital, fez transplante de rins há duas semanas. Ao lado da mãe, a dona de casa Edésia da Silva Costa, de 30, ontem, a festa foi um sopro de esperança para, hoje, entrar no CTI com o objetivo de combater a doença, que voltou dois dias depois do transplante. Ele garante que ainda tenta acreditar em Papai Noel. “Esta festa é um incentivo para as crianças melhorarem mais rápido, se alegrarem e criar essa expectativa boa da chegada do Natal. E, além de tudo, todo mundo ganha presente”, disse o menino.
EM FAMÍLIA Papai Noel da Santa Casa desde a primeira edição da comemoração, este ano, Carlos Lopes de Faria voltou com a família. Ele desceu de rapel junto com a filha Lívia, de 9, e contou com a mulher, Mibza Magalhães Faria, para fazer a segurança deles junto às cordas. O casal pratica rapel há 13 anos e a menina, há seis. “Esta ação é muito gratificante. Lívia se prontificou a participar e meu marido comprou a ideia. É importante mostrar para ela, desde cedo, o sentido da solidariedade,”, afirmou Mibza.
O Papai Noel fez fotos e distribuiu presentes para 90 crianças e adolescentes com até 17 anos de idade. Ao hall, onde ocorreu a festa, foram levados 50 meninos e meninas em melhor estado de saúde. “O espírito de Natal envolve todo mundo, mas a criança hospitalizada fica fora, pelo contexto familiar, a possibilidade de brincar e outros fatores. Queremos, assim, reportar um pouco disso”, afirma a gerente da Unidade de Cuidados Materno-Infantis da Santa Casa, Cássia Regina Lima. Familiares que não puderam comparecer tiveram a opção de acompanhar o evento em transmissão ao vivo pelo Facebook.
“Ano passado, quando fizemos pela primeira vez, esse dia foi incrível. Não teve nenhuma criança medicada para dor”, conta Cássia. Os presentes foram preparados por amigos da psicopedagoga da unidade e por funcionários do hospital. A meninada também se envolveu bem, da produção dos cartões, passando pela preparação e decoração. “As crianças substituem qualquer sentimento de dor por amor, por alegria e pela magia do Natal”, ressalta a gerente.
O pequeno Izac Pereira Gomes, de 3 anos, não perdeu tempo. Assim que Papai Noel entrou na sala, ele correu para pular nos braços do bom velhinho. E ganhou o que tinha pedido: uma bola. Internado há sete dias por causa de uma dor crônica no abdômen que está sendo investigada, o menino nem parecia estar em ambiente hospitalar, de tanta energia que pulsava. A primeira atitude foi desembrulhar o presente e começar a chutar a bola. “Quando a criança sai do lar, é como se estivesse perdida e, às vezes, não se adapta a outro ambiente. A interatividade ajuda na recuperação e a sair da rotina de doença”, afirmou a mãe de Izac, a enfermeira Manuela Pereira dos Santos, de 33.
O motorista Mailson Soledade Lopes, de 28, estava com a filha no colo esperando o Papai Noel. Katariny, de 2 anos e 8 meses, está internada há um mês e tem previsão de alta para amanhã. “Ela já entende um pouco de Papai Noel. Fica animada, mas também com um pouco de medo. Esse tipo de confraternização é um alento para eles e para nós”, disse.
O menino Lucas da Silva Souza, de 13, também era só alegria. Acostumado há sete anos a uma rotina de hospital, fez transplante de rins há duas semanas. Ao lado da mãe, a dona de casa Edésia da Silva Costa, de 30, ontem, a festa foi um sopro de esperança para, hoje, entrar no CTI com o objetivo de combater a doença, que voltou dois dias depois do transplante. Ele garante que ainda tenta acreditar em Papai Noel. “Esta festa é um incentivo para as crianças melhorarem mais rápido, se alegrarem e criar essa expectativa boa da chegada do Natal. E, além de tudo, todo mundo ganha presente”, disse o menino.
EM FAMÍLIA Papai Noel da Santa Casa desde a primeira edição da comemoração, este ano, Carlos Lopes de Faria voltou com a família. Ele desceu de rapel junto com a filha Lívia, de 9, e contou com a mulher, Mibza Magalhães Faria, para fazer a segurança deles junto às cordas. O casal pratica rapel há 13 anos e a menina, há seis. “Esta ação é muito gratificante. Lívia se prontificou a participar e meu marido comprou a ideia. É importante mostrar para ela, desde cedo, o sentido da solidariedade,”, afirmou Mibza.