Mais uma audiência de instrução do processo da morte de Rodrigo Augusto de Padua, de 30 anos, fã que tentou matar a apresentadora de TV Ana Hickmann em maio do ano passado em um hotel no Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, vai acontecer na próxima segunda-feira. O cunhado da artista Gustavo Henrique Bello Correa, que é acusado de matar o invasor de forma intencional, deve ser ouvido. Estão previstas, ainda, as oitivas de duas testemunhas.
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'A gente não pode se arrepender do que não teve opção', diz cunhado de Ana HickmanTermina primeira audiência sobre tentativa de assassinato de Ana Hickmann em BHAna Hickmann chega a Belo Horizonte para audiência do cunhadoAudiência em BH discute se cunhado de Ana Hickmann vai a júri popular 'Faria tudo de novo', diz cunhado de Ana Hickmann após ser absolvido pela JustiçaJustiça absolve cunhado de Ana Hickmann por morte de fã em hotel de BHPolícia Civil realiza operação para reprimir crimes patrimoniaisNa primeira audiência sobre o caso, realizada em 20 de outubro, foram ouvidos a apresentadora Ana Hickman, a assessora Giovana Oliveira, a sogra Maria Helena e o cabeleireiro Júlio Figueiredo, que na ocasião do ataque prestava serviço modelo. Gustavo esteve presente em Belo Horizonte e se manifestou. “A gente não pode se arrepender do que não teve opção. Não foi uma briga de bar, eu não estava dirigindo alcoolizado, não foi nada disso. Ou eu faria ou eu não estaria aqui. Tenho tristeza de ter tirado uma vida, mas antes a dele que a minha”, afirmou.
Já o representante do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), promotor Francisco Santiago, que fez a denúncia contra o cunhado da artista por entender que ele agiu com intenção de matar e cometer homicídio doloso, afirmou não acreditar na versão de Gustavo. “Eu tenho uma convicção e me expressei em denúncia que foi recebida pela juíza Não vejo até hoje uma legítima defesa”, argumentou.
Denúncia
Em 7 de julho de 2016, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou denúncia por homicídio doloso, quando há intenção de cometer o crime, contra o cunhado de Ana Hickmann. Gustavo Henrique Bello Correa foi enquadrado no artigo 121 do Código Penal, que prevê reclusão de 12 a 30 anos por homicídio qualificado.
A denúncia foi em sentido oposto ao que a Polícia Civil apontou em investigação. O delegado Flávio Grossi, responsável pelo caso, pediu o arquivamento do inquérito alegando que ele teria agido em legítima defesa. Pádua foi morto com três tiros na nuca, depois de lutar com Correa.
Na denúncia, o promotor do Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, Francisco de Assis Santiago, aponta que Correa, ao iniciar embate corporal com Pádua, agiu em legítima defesa, mas excedeu essa condição e praticou homicídio doloso. A principal prova disso, para a Promotoria, são os três tiros dados na nuca do suposto fã da apresentadora. O agressor chegou ao quarto depois de render Correa e o obrigar a levá-lo até o quarto de Ana Hickmann, que estava com uma assistente. Os três foram mantidos sob a mira de um revólver.
Em abril deste ano, Gustavo, sua defesa e peritos participaram de uma reconstituição do crime no hotel da capital mineira. A solicitação foi aceita pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em janeiro. Em julho, a Justiça determinou o prosseguimento do processo. .