O fazendeiro Adriano Chafik Luedy, de 50 anos, mandante da chacina de Felisburgo, Norte de Minas, em que cinco sem-terra foram assassinados a tiros e 12 feridos, em novembro de 2004, foi preso na tarde desta quinta-feira em Salvador (BA). Essa é terceira vez que Chafik vai para o xadrez. A primeira foi pouco depois do crime, na fase de inquérito policial, e depois do adiamento do primeiro julgamento em agosto de 2013.
Ele estava foragido da Justiça, depois de condenado pelo crime ocorrido no Acampamento Terra Prometida, montado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), na Fazenda Nova Alegria, que afirma ser propriedade de sua família. Além das mortes, foram incendiadas 27 casas e uma escola no local.
Chafik foi preso em operação da Polícia Civil de Minas Gerais na capital baiana, em cumprimento de mandado de prisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de maio deste ano. Quando foi sentenciado a 115 anos de prisão, em novembro de 2013, não teve direito a recorrer em liberdade. Como estava beneficiado por um álvara de soltura também do STJ, anterior à decisão do conselho de sentença de primeira instância, não se apresentou e conseguiu se manter em liberdade, por meio de uma série de recursos, contra as novas ordens de prisão.
Com a nova decisão do STJ este ano, seu paradeiro passou a ser investigado pela cúpula da corporação. Sua prisão era uma prioridade, embora seu nome não tenha aparecido estrategicamente na recente lista dos mais procurados da Secretaria de Estado de Segurança de Minas Gerais (Sesp-MG).
Quatro condenações e um preso
Além do fazendeiro, três funcionários dele receberam penas pesadas nos dois primeiros júris, em novembro de 2013 e janeiro de 2014. Washington Agostinho da Silva, julgado junto com Chafik, pegou 97 anos. Francisco de Assis Rodrigues de Oliveira e Milton Francisco de Souza, que foram ao banco dos réus depois, foram sentenciados a 102 anos cada um.
Um quinto réu, Admilson Rodrigues Lima, morreu antes de ser julgado. E outros 10 envolvidos, que estão foragidos ou respondem em liberdade, seguem impunes. Até então, de todos os acusados, apenas um primo do fazendeiro, o ex-policial Calixto Luedy Filho, estava preso, desde 2015, depois de capturado numa blitz da Polícia Rodoviária Federal em Aracaju.
A invasão do acampamento foi ordenada por Adriano Chafik, depois de não conseguir ordem judicial de reintegração de posse da fazenda de sua propriedade. Apesar de foragido, o fazendeiro ainda mantinha poder na área rural de Felisburgo. Apesar da espera de quatro anos para encontrá-lo, com constante monitoramento da inteligência da Polícia Civil, recentemente surgiram as pistas de que Chafik estaria escondido e controlando suas operações na Bahia.
Por determinação da chefia da Polícia Civil, uma equipe realizou operação interestadual e obteve sucesso na prisão do foragido. Está prevista para hoje a chegada do fazendeiro a Belo Horizonte, que viajará em helicóptero da corporação, para ser apresentado no Fórum Lafayette, e encaminhado a uma unidade carcerária.
Ele estava foragido da Justiça, depois de condenado pelo crime ocorrido no Acampamento Terra Prometida, montado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), na Fazenda Nova Alegria, que afirma ser propriedade de sua família. Além das mortes, foram incendiadas 27 casas e uma escola no local.
Chafik foi preso em operação da Polícia Civil de Minas Gerais na capital baiana, em cumprimento de mandado de prisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de maio deste ano. Quando foi sentenciado a 115 anos de prisão, em novembro de 2013, não teve direito a recorrer em liberdade. Como estava beneficiado por um álvara de soltura também do STJ, anterior à decisão do conselho de sentença de primeira instância, não se apresentou e conseguiu se manter em liberdade, por meio de uma série de recursos, contra as novas ordens de prisão.
Com a nova decisão do STJ este ano, seu paradeiro passou a ser investigado pela cúpula da corporação. Sua prisão era uma prioridade, embora seu nome não tenha aparecido estrategicamente na recente lista dos mais procurados da Secretaria de Estado de Segurança de Minas Gerais (Sesp-MG).
Quatro condenações e um preso
Além do fazendeiro, três funcionários dele receberam penas pesadas nos dois primeiros júris, em novembro de 2013 e janeiro de 2014. Washington Agostinho da Silva, julgado junto com Chafik, pegou 97 anos. Francisco de Assis Rodrigues de Oliveira e Milton Francisco de Souza, que foram ao banco dos réus depois, foram sentenciados a 102 anos cada um.
Um quinto réu, Admilson Rodrigues Lima, morreu antes de ser julgado. E outros 10 envolvidos, que estão foragidos ou respondem em liberdade, seguem impunes. Até então, de todos os acusados, apenas um primo do fazendeiro, o ex-policial Calixto Luedy Filho, estava preso, desde 2015, depois de capturado numa blitz da Polícia Rodoviária Federal em Aracaju.
A invasão do acampamento foi ordenada por Adriano Chafik, depois de não conseguir ordem judicial de reintegração de posse da fazenda de sua propriedade. Apesar de foragido, o fazendeiro ainda mantinha poder na área rural de Felisburgo. Apesar da espera de quatro anos para encontrá-lo, com constante monitoramento da inteligência da Polícia Civil, recentemente surgiram as pistas de que Chafik estaria escondido e controlando suas operações na Bahia.
Por determinação da chefia da Polícia Civil, uma equipe realizou operação interestadual e obteve sucesso na prisão do foragido. Está prevista para hoje a chegada do fazendeiro a Belo Horizonte, que viajará em helicóptero da corporação, para ser apresentado no Fórum Lafayette, e encaminhado a uma unidade carcerária.