Uma festa realizada na Rua Sapucaí, na noite deste domingo, marca mais uma etapa de evolução do Circuito Urbano de Artes, o Cura: a iluminação permanente das obras, que passam a ser visualizadas e destacadas também à noite, e a entrega de mais duas pinturas gigantescas que tomam a lateral cega de prédios nas ruas Tupinambás e Tupis, assinadas pelos artistas DMS, de BH, e Milu Correch, de Buenos Aires, Argentina.
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Concurso Gentileza: PBH abre inscrições para propostas de murais de arte urbanaOperação da PM e PBH fiscaliza comércio irregular de artesanatos na Savassi Servidores do DEER fecham parte da Avenida dos Andradas em protestoMurais de arte urbana ganham iluminação no centro de Belo HorizonteNatal para todos: iluminação especial se espalha por diferentes partes de BHBoneca da filha de um dos pioneiros de Belo Horizonte é exposta em museuNatal poderá ser de chuva em todo o estado, diz InstitutoIdealizado por três mulheres, Juliana Flores, Janaína Macruz e Priscila Amoni, o projeto, que objetiva valorizar a arte urbana e funciona como uma declaração de amor à cidade, foi inaugurado este ano e vem colocando BH no circuito internacional, ao convidar artistas brasileiros e estrangeiros para assinarem a criação de painéis e grafites, pintados nas laterias dos prédios (empenas).
Até agora, com primeira edição em julho e uma edição segmentada em dezembro, em homenagem aos 120 anos de BH, o projeto já contempla seis edifícios, mas a ideia é que, ao todo, 25 imóveis recebam as pinturas. Vale lembrar que o Cura é o primeiro festival de pintura em prédios da cidade e o segundo do gênero no Brasil.
A seleção das empenas foi feita a partir de um recorte visual: todas poderão ser vistas simultaneamente da rua Sapucaí, conjunto que forma um skyline e vem modficando a paisagem urbana na região central. Com a iluminação noturna, o cenário ganha mais destaque a partir da visibilidade permanente das obras, diariamente, das 19h às 22h.
“A iluminação noturna já era um desejo nosso e foi viabilizada pelo patrocinador, a Cemig. Trata-se de algo definitivo e inédito, que veio para valorizar ainda mais as obras.
Próximas edições
Juliana conta que já imaginava o potencial do Cura quando idelizou o projeto, mas ainda assim o apoio recebido superou expectativas. “Viabilizar a primeira edição de algo é sempre mais complicado.
Ela ressalta ainda que o projeto vem contribuindo para a revitalização da rua Sapucaí, “que vem ficando conhecida como o primeiro mirante de arte urbana do mundo”, pontua. E justifica: “Desde a primeira edição, em julho, os comerciantes nos contam que seus pares têm procurado a rua Sapucaí devido ao Cura. Isso é mais um indicativo de que estamos no caminho para realizar o sonho de pensar BH como referência mundial da street art, e de ver a capital mineira transformada em destino turístico também por valorizar o muralismo, o grafite”.
Para o ano que vem, Juliana conta que o Cura deve contar com a pintura de mais sete edifícios, além da programação oficial que inclui mesas redondas, palestras, exibição de filmes e outros eventos relativos à arte urbana.
Novas obras
Ed. Principe de Gales
Rua dos Tupinambás, 179, centro
Artista: DMS
Garagem São José
Rua dos Tupis, 70, centro
Artista: Milu Correch
Veteranas
Ed. Tapajós
Avenida dos Andradas, centro
Artistas: Tereza Dequinta e Robézio Marqs (Acidum Project)
Ed. Satélite
Rua da Bahia, centro
Artista: Thiago Mazza
Ed. Trianon
Rua da Bahia, centro
Artista: Marina Capdevilla
Hotel Rio Jordão
Rua Rio de Janeiro, centro
Artista: Priscila Amoni
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