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DESAFIO Diferente do que acontece com roubos e homicídios em BH e no estado, casos de estupro ainda representam grande preocupação e registraram aumento na comparação dos 10 primeiros meses de 2017 e 2016. Em Belo Horizonte, foram 204 estupros consumados no período do ano passado, contra 219 neste ano, aumento de 7,35%. Em Minas, o crescimento foi de 1,36%, passando de 1.170 para 1.186.
Mais polícia para conter assaltos
O secretário de Estado de Segurança Pública de Minas Gerais, Sergio Barboza Menezes, acredita que a partir da redução de 15,9% nos roubos em Belo Horizonte, verificados na comparação entre janeiro e outubro de 2016 e 2017 (veja quadro), é possível alcançar uma meta de recuo de 18% até o fim do ano. A manutenção da estratégia das bases comunitárias de segurança em 86 pontos da cidade e o reforço normal no policiamento para o fim de ano, além do que ocorreu ao longo de 2017 com a entrada de 2,8 mil homens e mulheres na Polícia Militar em todo o estado, são ações operacionais que podem melhorar o quadro.
“Tenho a convicção que os números estão caindo por conta do policiamento bem robusto nas ruas. O patamar que a gente busca é sempre a diminuição dos índices de criminalidade e isso tem sido pactuado dentro da secretaria”, afirma o secretário. Menezes ainda destaca que a Polícia Militar estuda a ampliação do horário de funcionamento das bases comunitárias de segurança. Atualmente, elas funcionam das 15h30 às 23h30, mas na época do lançamento, em agosto, o comandante de Policiamento da Capital, coronel Winston Coelho Costa, adiantou que o planejamento prevê ampliação para o turno da manhã. “As bases trouxeram uma ideia que o comando tinha de fazer a segurança objetiva, ou seja, ter um ponto fixo para que a população tenha certeza da presença policial, inibindo a ação dos infratores”, disse major Flávio Santiago, assessor de imprensa da PM.
Para o coordenador do Núcleo de Estudos Sociopolíticos da PUC-Minas e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Robson Sávio Reis Souza, para que o comportamento de um índice criminal seja considerado tendência é necessário observar a evolução em pelo menos três trimestres, mas ele adianta que a iniciativa das bases móveis impacta nos chamados crimes de oportunidade, como os roubos.
Sergio Menezes, diz que, na verdade, ocorreu o contrário. A atuação mais visível da PM, com a aproximação da comunidade, é que motivou uma atuação mais qualificada da Guarda Municipal em seu segmento de origem, que é estar em praças, escolas, centros de saúde e outros imóveis do poder público municipal. “Isso também traz um fator positivo para índices de criminalidade”, afirma. Ele ainda destaca o incremento nos quadros da Polícia Civil com mais 1 mil novos investigadores nos últimos meses e a autorização para nomeação de 450 excedentes do último concurso. Em setembro já havia sido autorizada a nomeação de 106.
O delegado Rogério de Melo Franco Assis Araújo, que é chefe adjunto da Polícia Civil em Minas Gerais, acrescenta que o investimento em infraestrutura da Polícia Civil também impactou na maior eficiência das investigações de roubos e outros crimes. “Estamos incrementando nosso quadro de servidores e investindo em capacitação dos policiais, além de proporcionar melhor infraestrutura para o desenvolvimento de excelência no trabalho. Desta forma, com o uso de técnicas avançadas de inteligência investigativa, estamos conseguindo coibir de forma qualificada diversos crimes”, afirma..