Um crime na maioria das vezes silencioso, mas com poder de destruir vidas, famílias e até comunidades, o estupro, principalmente de vulneráveis, tem desafiado a segurança pública de Minas Gerais, com números crescentes. Entre a noite da terça-feira e madrugada de ontem, duas crianças, uma de 4 anos e outra de 11, no interior mineiro, e uma idosa de 69, na capital, foram alvos desses ataques cruéis. Os autores são homens com idades entre 39 e 40 anos.
Leia Mais
Homem é agredido por populares após tentar estuprar menina de 11 anosIdosa é estuprada em casa, na região da Pampulha Criança de 4 anos é estuprada pelo marido da avó em Coronel FabricianoPolícia prende homem e mulher por abuso de vulneráveis no Norte de MinasHomem é preso por estuprar adolescente de 14 anos em BuritizeiroCriança de 11 anos é estuprada por marido de prima no Sul de MinasCaminhão bate em mureta, motorista se fere e trânsito fica lento no Anel RodoviárioO grito de socorro daqueles que não conseguem se defender fica ainda destacado nas estatísticas. A proporcionalidade dos casos tentados em relação aos consumados é maior quando se fala em vulneráveis. Do total de 2.544 ataques sexuais aos indefesos, entre janeiro e outubro deste ano, 170 não se consumaram, ou seja, apenas 6%. Quando se compara o total de crimes sexuais contra não vulneráveis, dos 1.515 registros no período, 329 ficaram na tentativa, ou seja 21%. Além dos órgãos de segurança pública, o combate a essa modalidade criminosa depende do olhar atento da sociedade e o alerta por meio do disque denúncia 181 e do telefone 190 da Polícia Militar.
IDOSA ATACADA Na madrugada de ontem, uma mulher de 69 anos foi estuprada por um homem que invadiu a casa em que ela mora com o marido na Avenida Pedro I, no Planalto, Região da Pampulha. O agressor, de 40, simulou estar armado. Aos policiais militares, o marido da vítima contou que por volta das 4h o criminoso, depois de mandá-lo ir para outro cômodo do imóvel, foi ao quarto da idosa e consumou o ato.
Mesmo ameaçado pelo bandido, o marido da vítima conseguiu sair da casa e acionou a Polícia Militar. Quando as viaturas chegaram, os militares encontraram o agressor e a idosa sem roupas. A mulher, que foi imobilizada pelo estuprador foi encontrada aos prantos. Os PMs ordenaram que o homem soltasse a mulher, mas ele resistiu e foi dominado com uso de força e algemado. A vítima foi levada para o Hospital Odilon Behrens e o criminoso para uma delegacia de plantão.
Em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, a vítima foi uma menina de 4 anos. O autor, um homem de 41, casado com a avó da criança, foi denunciado na noite da terça-feira pela mãe da vítima e preso. De acordo com informações da PM, a garotinha contou à sua mãe que o seu “avô” passou a mão em suas partes íntimas e lhe mostrou vídeos pornográficos.
A criança mora com a avó. Em depoimento, a mãe dela disse que tomou conhecimento do crime sexual quando foi buscar a filha para passar as férias com ela. De imediato, acionou a polícia e foi orientada a levar a menina ao hospital. Foram realizados exames e constatadas lesões na região anal. A vítima foi internada. O suspeito foi levado à delegacia da Polícia Civil de Ipatinga, onde o caso será investigado. De acordo com a polícia, ele negou o abuso e disse que nunca ficou sozinho com a criança.
ZONA DA MATA Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, uma menina de 11 foi atacada por um homem de 39 em plena rua, no Bairro Milho Branco, no fim da tarde da terça-feira. De acordo com a Polícia Militar, a criança seguia com sua mãe pela Rua Ivan Batista de Oliveira, quando a mulher parou para atender uma ligação. A garota seguiu andando sem perceber que a mãe tinha parado e foi abordada pelo bandido.
Em depoimento, ela disse que o tarado ameaçou matá-la e a sua mãe. E ainda ofereceu um pacote de biscoitos para que a vítima tirasse sua calcinha. Um motociclista que passava próximo estranhou o comportamento nervoso da menina e parou para perguntar o que estava acontecendo. O criminoso tentou fugir correndo, mas foi alcançado pelo motoqueiro e moradores do bairro.
Depois de ouvirem o relato da criança, revoltadas, as pessoas passaram agredir com socos e chutes o homem, que conseguiu fugir, porém foi contido novamente até a chegada da PM. Antes de ser levado para uma delegacia de polícia, teve que passar por uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da região.