A Justiça negou nesta sexta-feira o pedido feito pelos consórcios das empresas de ônibus de Belo Horizonte para que ocorra o aumento das tarifas. As empresas de ônibus haviam recorrido, após o prefeito Alexandre Kalil (PHS) afirmar que não haveria reajuste enquanto não fosse feita auditoria nos custos que determinam a tarifa.
"Reajuste é zero. Porque a auditoria foi impedida de ser feita pela Justiça. Vamos colocar outro edital na rua, e como eu disse, sem auditoria, o reajuste da tarifa é zero. O prefeito não vai fazer decreto de reajuste nenhum. O pronunciamento é curto, rápido e sem delongas: não tem reajuste (nas tarifas) de ônibus enquanto não se abrir a caixa preta da BHTtrans", disse Alexandre Kalil na última terça-feira, após reunião com o representante das empresas.
Na decisão, o juiz Marco Aurélio Abrantes Rodrigues afirmou que Kalil ainda não foi definitivo quando se posicionou e, por isso, a medida "não é pertinente".
Atualmente, o transporte coletivo de BH opera com os seguintes preços:
• Linhas perimetrais, diametrais, semi-expressas e também do Move: R$4,05.
• Tarifa de integração com o metrô: R$4,05;
• Linhas circulares e alimentadoras (ônibus na cor amarela): R$2,85;
• Linhas de vilas e favelas (microônibus na cor amarela): R$0,90;
• Linha Executiva SE02(Buritis/Savassi): R$6,10.
Argumento das empresas
A empresas argumentam que vem fazendo esforço além do contrato, no caso dos ônibus com ar condicionado, e que o aumento dos combustíveis ao longo do ano impactou os custos.
Sem os reajustes do valor das passagens, as empresas, segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH), Joel Jorge Paschoalin,, podem acabar atrasando os salários aos trabalhadores e os repasses às distribuidoras de diesel, que podem representar uma paralisação nos serviços.
A assessoria da Prefeitura de BH informou que reafirma o que foi dito por Kalil na última terça-feira. A reportagem não conseguiu contato com o sindicato das Empresas, Setra-BH.