Leia Mais
Vereador propõe projeto para que táxis-lotação aceitem cartão BHBusTáxis são liberados nas pistas do Move na Avenida Cristiano MachadoProrrogado prazo das autorizações para taxistas comprarem carros com isenção de ICMSBlitz educativa orienta taxistas sobre uso de faixas e pistas exclusivas em BHAplicativo lançado por taxistas em BH dá ânimo a motoristasConfira alterações no trânsito nos bairros Santa Inês e Castelo Assaltante atropela PM depois de tentar roubar taxista e é preso em BHRegra que restringe a atuação de motoristas auxiliares poupa taxista idosoCalor segue em BH e meteorologia prevê chuva no RéveillonAssaltantes fazem arrastão em pontos de ônibus e são presos em SarzedoCachoeiras em Conceição do Mato Dentro ganham corrimãos e pontesA mudança está prevista no artigo 20 da Portaria 047/2017, que traz o regulamento do serviço público de táxi em Belo Horizonte. Uma das situações que limita o impacto da modificação é o artigo 20A, que afirma que “condutores auxiliares cadastrados em permissões vigentes e que não se enquadrem nas disposições do Art. 20 poderão permanecer vinculados à permissão até a baixa”. De acordo com a BHTrans, atualmente Belo Horizonte conta com 4.590 motoristas auxiliares, mas, mesmo assim, a situação já preocupa o presidente do Sindicato dos Taxistas de Minas Gerais (Sincavir), Avelino Moreira Araújo. “Fui pego de surpresa por essa portaria, porque a BHTrans não discutiu essa questão com o sindicato.
Nas ruas, taxistas ouvidos pela reportagem são contra a medida e acreditam que é um passo para sepultar a profissão. “É o início do fim dos táxis. Que filho quer mexer com táxi hoje vendo a situação da categoria? A BHTrans está decretando o fim do serviço”, pontua o taxista Santos Rocha, de 65 anos, e que dirige há 10 como auxiliar. José Neves Ferreira, de 75, é permissionário e tinha a intenção de colocar uma pessoa de confiança para rodar como seu auxiliar, o que não será mais possível, já que a pessoa em questão não é seu parente. “Com certeza os motoristas auxiliares vão acabar entrando nos aplicativos”, afirma.
Cleber Júnior, de 39, também é auxiliar e acredita que o objetivo da BHTrans é pressionar os donos de placas que não trabalham e apenas colocam auxiliares para rodar, mas ele entende que mesmo assim vai restringir as possibilidades para quem ganha a vida como auxiliar. “E se eu for mudar de carro ou trabalhar para outro permissionário não vou poder fazer essa troca. Vai limitar e prejudicar o trabalho dos auxiliares”, afirma Cleber.
Uma questão que também traz dúvidas na modificação da portaria é a idade dos permissionários que podem contratar um condutor. O texto estipula a necessidade de o condutor principal ter 65 anos ou mais, mas a BHTrans não esclareceu se essa é uma condição obrigatória para aqueles permissionários que quiserem ter um auxiliar. A empresa que cuida da gestão do transporte e do trânsito na capital mineira informou que vai se manifestar depois de reunião a ser confirmada com o Sincavir e não esclareceu mais detalhes. A reportagem também tentou contato com a Associação dos Condutores Auxiliares de Táxi (Acat), entidade registrada em BH, mas ninguém foi encontrado para comentar.
MAIS PLACAS No mesmo dia em que a BHTrans publicou mudanças na portaria para o trabalho dos condutores auxiliares de táxi na capital mineira, a empresa também divulgou a convocação de mais 383 taxistas para atuarem como permissionários, ou seja, donos das placas, incluindo 29 portadores de deficiência. A convocação faz parte da Licitação 02/2012 e os motoristas chamados precisam comparecer à sede da BHTrans, no Bairro Buritis, Oeste de BH, para apresentar a documentação exigida, como a CNH contendo a observação de que o candidato exerce atividade remunerada ou equivalente e, no caso dos portadores de deficiência, além das exigências anteriores, a aprovação em perícia médica da BHTrans para comprovação da deficiência descrita no laudo médico.
A data de apresentação de cada condutor com a documentação exigida está descrita em publicação no Diário Oficial do Município (DOM) e varia entre 5 de fevereiro e 27 de março, sendo que cada um tem seu dia correspondente. O não comparecimento do convocado no prazo estabelecido, bem como a sua reprovação na perícia médica da BHTrans, significa a perda da permissão.