Uma sindicância foi aberta pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para apurar, em âmbito administrativo, os fatos investigados na Operação Esperança Equilibrista. A ação, deflagrada pela Polícia Federal, apurou desvio de dinheiro em obra do Memorial da Anistia Política do Brasil, por parte da instituição. O prazo para a investigação da equipe da UFMG é de 120 dias, prorrogáveis pelo mesmo período.
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Corregedoria investiga operação da Polícia Federal da UFMG Intelectuais enviam apoio à UFMG depois de ação da Polícia Federal UFMG destaca reação do MPF sobre condução coercitiva em ação da PF Cantor João Bosco critica PF por uso de música dele em operação contra UFMG Relatório que originou operação da PF contra docentes da UFMG revela suspeita de pagamentos irregularesProfessores da UFMG protestam na Polícia Federal Investigação da PF é abalo a mais para a UFMG em ano de arrocho e corte de bolsasA operação foi deflagrada com base em documentos da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União. Segundo delegados da PF, ao menos R$ 4 milhões teriam sido desviados do projeto de construção do Memorial da Anistia Política do Brasil (MAP), em processo que pode envolver peculato e formação de quadrilha. A força-tarefa apura denúncias de não execução e de desvio de recursos públicos que deveriam ter sido destinados à construção do memorial, um projeto financiado pelo Ministério da Justiça e executado pela UFMG.
Entre os conduzidos estão, além do reitor e da vice-reitora, eleita para o cargo máximo da instituição a partir de 2018, o presidente da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), Alfredo Gontijo de Oliveira; a ex-vice-reitora Heloísa Starling (2006 a 2010), coordenadora do Projeto República da UFMG; a ex-vice reitora Rocksane Norton (2010-2014); e a socióloga Silvana Cozer, uma das responsáveis pelo Memorial da Anistia.
Denúncia de truculência
O caso também está sendo apurado pela corregedoria da Polícia Federal devido a denúncia de que houve truculência por parte de policiais federais.
Outro momento de truculência, conforme relatos de integrantes do corpo docente da universidade, teria ocorrido durante o depoimento de Ramirez na sede da PF, onde alunos e professores da escola realizaram uma manifestação contra a condução coercitiva. O professor que não quis se identificar disse que os policiais teriam dito, em tom ameaçador, que o reitor teria organizado o protesto. Por meio de nota, a Polícia Federal (PF) afirmou que a Corregedoria em Minas Gerais está apurando a forma como se deram os cumprimentos dos mandados judiciais durante a deflagração da Operação, em razão de manifestação veiculada em mídia social.