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Secretaria de saúde investiga morte por febre amarela em BrumadinhoVírus da febre amarela está de novo no ar, confirma Secretaria de SaúdeExames confirmam morte por febre amarela no Parque das MangabeirasSecretaria confirma segundo caso de febre amarela e suspende visitação no Parque do Rola-MoçaCom morte de dois macacos no entorno da Cidade Administrativa, servidores serão vacinadosEm período de maior circulação da febre amarela, Secretaria de Saúde faz alerta para vacinaçãoBandidos aterrorizam cidade em ataques a bancos no Vale do AçoMato alto e lixo tomam conta de calçadas, canteiros e praças de BHBarreira de contenção de canal não resiste à chuva em Belo HorizonteA Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) afirmou, por meio de nota, que a informação inicial sobre a morte é que o homem, morador da zona rural de Brumadinho, apresentou doença febril aguda com a suspeita inicial de leptospirose e/ou dengue. A pasta reforçou que Minas Gerais é área de recomendação de vacina. “Assim, recomendamos a vacinação de rotina, conforme o Calendário Básico de Vacinação, avaliando a Caderneta de Vacinação e administrando as doses de acordo com a situação vacinal de cada pessoa. Toda pessoa acima de 9 meses de vida, que mora ou vai viajar para Minas Gerais, deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para se vacinar contra a febre amarela. A vacina é gratuita e oferecida por meio do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou.
A Prefeitura de Brumadinho afirmou que promoveu ampla campanha de vacinação contra a doença em todas as localidades do município.
VÍRUS No último caso confirmado de febre amarela em Minas, o paciente começou a sentir os sintomas em junho de 2017. De lá, para cá, não houve nenhum registro da doença em humano. Porém, a morte de macacos, um alerta que confirma a circulação do vírus causador da enfermidade em determinada área e, em geral, precede a infecção em humanos, continuou em Minas Gerais. Em Belo Horizonte, o encontro de três corpos de saguis no Parque das Mangabeiras ocasionou o fechamento da unidade de preservação e lazer, do seu mirante e também do Parque Municipal da Serra do Curral no fim do ano, uma vez que as matas desses espaços são comunicantes. Um exame confirmou que o primata morreu devido à febre amarela.
No início do ano passado, a unidade foi fechada pelo mesmo motivo, em 23 de fevereiro, e só reabriu 120 dias depois. A Fundação de Parques Municipais informou que a manutenção dos espaços continua e que o tempo será importante, também, para que ocorra a regeneração natural das matas e trilhas.
Dados da SES mostram que, desde julho de 2017, 122 municípios mineiros tiveram mortes de macacos, chamada de epizootias. Em 16 dos casos, a febre amarela foi confirmada como a causa dos óbitos. Outras 22 notificações estão sendo investigadas pela pasta.
VACINAÇÃO A forma mais eficaz de se evitar a febre amarela é por meio da vacinação. Apenas uma dose é suficiente para garantir a proteção por toda a vida, de acordo com orientação da Organização Mundial de Saúde. Mesmo assim, Minas Gerais ainda não atingiu a meta vacinal. Segundo a SES/MG, a cobertura acumulada no estado entre 2007 e 2017 é de 81%. O índice considerado ideal é de 95%. A estimativa é que aproximadamente 3,8 milhões de pessoas não tenham sido vacinadas no território mineiro. Entre elas, moradores de 15 a 59 anos, que também foi a faixa etária mais acometida pelo surto.
Dados da SES mostram que a cobertura vacinal em Belo Horizonte no ano passado ficou em 86,3%. A estimativa é que aproximadamente 327 mil pessoas não se imunizaram contra a febre amarela na capital mineira.
Surto recorde
Os primeiros casos de febre amarela em Minas Gerais que deram início ao pior surto da doença desde a década de 1980, começaram em Ladainha, próximo a Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, em dezembro de 2016. Depois, a enfermidade se espalhou para cidades da Região Leste, atingiu outras regiões, até seguir para estados brasileiros. Mesmo assim, a moléstia atacou mais os mineiros. Tanto que, em 13 de janeiro de 2017, o governo de Minas decretou situação de emergência devido ao surto. A vacinação foi reforçada e os postos de saúde ficaram lotados (foto) devido ao medo da população. O Ministério da Saúde teve que enviar mais medicamentos para atender a demanda. As confirmações de casos cresceram rapidamente principalmente de dezembro a março. Depois, desaceleraram. O último caso foi confirmado em junho.
Vacina será racionada em SP
São Paulo vai passar a aplicar doses fracionadas de vacina contra febre amarela no próximo mês. A medida, que também deve ser seguida pelos estados do Rio de Janeiro e da Bahia, é adotada após a constatação de que a circulação do vírus se alastra e ameaça regiões até então consideradas livres de risco da doença.