A morte de primatas e o surgimento de casos suspeitos são os indícios que o vírus da febre amarela está circulando por Minas Gerais. A transmissão da doença se concentra entre outubro e maio, mesmo período de aumento dos vetores, como os mosquitos Haemagogus e Sabethes, que transmitem a forma silvestre da doença, e o Aedes aegypti, que propaga a urbana. Por causa disso, a preocupação é com a vacinação dos moradores. A cobertura acumulada no estado entre 2007 e 2017 é de 81%, sendo que o índice considerado ideal é de 95%. A estimativa é que aproximadamente 3,8 milhões de pessoas não tenham sido vacinadas no território mineiro. Entre elas, moradores de 15 a 59 anos, que também foi a faixa etária mais acometida pelo surto. A vacina está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
Leia Mais
Morte sob suspeita de febre amarela na Grande BH reacende alerta em MinasSecretaria de saúde investiga morte por febre amarela em BrumadinhoVírus da febre amarela está de novo no ar, confirma Secretaria de SaúdeExames confirmam morte por febre amarela no Parque das MangabeirasSaúde de BH receberá recursos de R$ 265 milhões Contra febre amarela, Inhotim distribuirá repelentes para visitantesFebre amarela volta a matar em Minas: saiba como se prevenirSecretaria confirma segundo caso de febre amarela e suspende visitação no Parque do Rola-MoçaCom morte de dois macacos no entorno da Cidade Administrativa, servidores serão vacinados
O alerta maior é para municípios que estão com a vacinação contra a doença muito abaixo da meta, como Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha, que tem apenas 70% da população vacinada. “A grande preocupação é com as Regiões Central, Triângulo e Sul de Minas, pois são nessas regiões que temos mortandade de macacos.
Apenas uma dose da vacina contra a febre amarela é suficiente para proteger em toda vida. Ela está inserida no calendário de vacinação. Podem vacinar crianças a partir de nove meses de idade e adultos de até 59 anos. As pessoas que apresentam alergias ao ovo e qualquer outro componente da vacina não devem se imunizar. Gestantes e pessoas que estão amamentando devem procurar um médico para debater o caso.
“As pessoas que já vacinaram não precisam se imunizar novamente. Importante ter o cartão de vacina.
Epidemia
No ano passado, o país passou pelo pior surto de febre amarela desde 1980, segundo o Ministério da Saúde, impulsionado pelos casos registrados em Minas Gerais. Foram 162 mortes e 475 pacientes infectados. Em 2018, dois casos suspeitos estão sendo investigados em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Uma das pessoas morreu e o outro doente foi transferido, a pedido da família, para o estado do Espírito Santo, onde reside.