O aparecimento de macacos mortos e a confirmação de novos casos de febre amarela em humanos levaram ao fechamento de mais parques em Minas Gerais em plenas férias escolares. O último a suspender a visitação temporariamente foi o Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
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Febre amarela volta a matar em Minas: saiba como se prevenirEm período de maior circulação da febre amarela, Secretaria de Saúde faz alerta para vacinaçãoSecretaria de saúde investiga morte por febre amarela em BrumadinhoVisitas ao Inhotim serão limitadas a pessoas vacinadas contra a febre amarelaFebre amarela: cresce risco de contaminação urbana Confirmadas pelo menos três mortes por febre amarela neste começo de ano em MGComo a falta de informação leva ao extermínio de macacos na Grande BHApós morte por febre amarela, agentes encontram larvas do Aedes na Grande BHAs atividades recreativas no Rola-Moça, como realização de trilhas e visitas guiadas, foram suspensas ontem “por medida de segurança”, já que não houve ocorrências no local. A estrada que corta a unidade de conservação, no entanto, está com tráfego liberado para o acesso aos municípios e condomínios da região.
A decisão foi tomada depois de confirmados dois casos de febre amarela de moradores de Brumadinho, sendo que um dos pacientes morreu. Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), a estrada que passa dentro da área de conservação se segue até Casa Branca, bairro de Brumadinho, continuará aberta.
A unidade é a terceira maior do país em área urbana (3.941,09 hectares), hábitat de espécies da fauna ameaçadas de extinção como a onça-parda, a jaguatirica, lobo-guará, o gato-do-mato, o macuco e o veado-campeiro.
O fechamento das áreas verdes foi discutido em reunião em que estiveram presentes o governador Fernando Pimentel (PT), o secretário de Estado da Saúde, Sávio Souza Cruz, o subsecretário de Vigilância Epidemiológica, Rodrigo Said, o secretário de Governo, Odair Cunha, e o presidente de administração do Inhotim, Ricardo Gazel.
“Na primeira reunião realizada nesta sexta-feira, convidamos o diretor do Inhotim, falamos com ele da situação que está ocorrendo. E, no caso do Estado, vamos suspender a visitação e acesso a trilhas, entre outras medidas. Ele (Gazel) ponderou a dificuldade de suspender a visitação de Inhotim de uma hora para outra e está pensando em alternativas de controle, como avisos no site, placas indicadoras, disponibilizar repelentes, e outras coisas desta natureza”, afirmou ontem Sávio Souza Cruz.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Inhotim explicou que já faz o trabalho preventivo para combater a doença desde julho e que nenhum caso foi registrado em seus limites: “Em parceria com a Secretaria de Saúde e Vigilância Sanitária de Brumadinho, o Instituto realizou campanha de vacinação e divulgação de informações para funcionários. Além disso, o Instituto tem uma equipe que faz o monitoramento diário de animais. Até o momento, não foi identificado nenhum caso de contaminação. Também não foi identificado no museu nenhum mosquito transmissor pela equipe de zoonose de Brumadinho. Nos próximos dias, o Inhotim disponibilizará repelente para os visitantes”.
PONTOS TURÍSTICOS
Outros parques importantes de Minas Gerais estão fechados por causa do risco de febre amarela. O encontro de três corpos de saguis no Parque das Mangabeiras ocasionou o fechamento da unidade de preservação e lazer, do seu mirante e também do Parque Municipal da Serra do Curral no fim do ano, uma vez que as matas desses espaços são comunicantes.
Em Juiz de Fora, o Parque Museu Mariano Procópio foi fechado nesta semana depois que macacos foram encontrados mortos. Os animais foram encaminhados para análise em Belo Horizonte. A visitação está suspensa por pelo menos 30 dias..