(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Contra febre amarela, Inhotim distribuirá repelentes para visitantes

Confirmação da morte por febre amarela em Brumadinho também fez Secretaria da Saúde suspender visitações ao Rola-Moça


postado em 06/01/2018 06:00 / atualizado em 06/01/2018 07:45

Inhotim é o maior museu a céu aberto do mundo(foto: Marden Couto/Turismo de Minas/Divulgacao )
Inhotim é o maior museu a céu aberto do mundo (foto: Marden Couto/Turismo de Minas/Divulgacao )

O aparecimento de macacos mortos e a confirmação de novos casos de febre amarela em humanos levaram ao fechamento de mais parques em Minas Gerais em plenas férias escolares. O último a suspender a visitação temporariamente foi o Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A mesma medida foi discutida entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e diretores do Inhotim, um dos mais importantes centros de arte contemporânea do mundo, localizado na mesma cidade. Mas a decisão dos diretores foi de manter a programação. Visitantes vão receber repelentes quando forem ao museu. Em Belo Horizonte e Juiz de Fora, na Zona da Mata, outras áreas verdes foram interditadas.

As atividades recreativas no Rola-Moça, como realização de trilhas e visitas guiadas, foram suspensas ontem “por medida de segurança”, já que não houve ocorrências no local. A estrada que corta a unidade de conservação, no entanto, está com tráfego liberado para o acesso aos municípios e condomínios da região.

A decisão foi tomada depois de confirmados dois casos de febre amarela de moradores de Brumadinho, sendo que um dos pacientes morreu. Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), a estrada que passa dentro da área de conservação se segue até Casa Branca, bairro de Brumadinho, continuará aberta.

A unidade é a terceira maior do país em área urbana (3.941,09 hectares), hábitat de espécies da fauna ameaçadas de extinção como a onça-parda, a jaguatirica, lobo-guará, o gato-do-mato, o macuco e o veado-campeiro. Está numa zona de transição de cerrado para mata atlântica, localizada entre Belo Horizonte, Nova Lima, Ibirité e Brumadinho.

O fechamento das áreas verdes foi discutido em reunião em que estiveram presentes o governador Fernando Pimentel (PT), o secretário de Estado da Saúde, Sávio Souza Cruz, o subsecretário de Vigilância Epidemiológica, Rodrigo Said, o secretário de Governo, Odair Cunha, e o presidente de administração do Inhotim, Ricardo Gazel.

“Na primeira reunião realizada nesta sexta-feira, convidamos o diretor do Inhotim, falamos com ele da situação que está ocorrendo. E, no caso do Estado, vamos suspender a visitação e acesso a trilhas, entre outras medidas.  Ele (Gazel) ponderou a dificuldade de suspender a visitação de Inhotim de uma hora para outra e está pensando em alternativas de controle, como avisos no site, placas indicadoras, disponibilizar repelentes, e outras coisas desta natureza”, afirmou ontem Sávio Souza Cruz.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Inhotim explicou que já faz o trabalho preventivo para combater a doença desde julho e que nenhum caso foi registrado em seus limites: “Em parceria com a Secretaria de Saúde e Vigilância Sanitária de Brumadinho, o Instituto realizou campanha de vacinação e divulgação de informações para funcionários. Além disso, o Instituto tem uma equipe que faz o monitoramento diário de animais. Até o momento, não foi identificado nenhum caso de contaminação. Também não foi identificado no museu nenhum mosquito transmissor pela equipe de zoonose de Brumadinho. Nos próximos dias, o Inhotim disponibilizará repelente para os visitantes”.



PONTOS TURÍSTICOS


Outros parques importantes de Minas Gerais estão fechados por causa do risco de febre amarela. O encontro de três corpos de saguis no Parque das Mangabeiras ocasionou o fechamento da unidade de preservação e lazer, do seu mirante e também do Parque Municipal da Serra do Curral no fim do ano, uma vez que as matas desses espaços são comunicantes. Um exame confirmou que o primata morreu devido à febre amarela. No início do ano passado, a unidade foi fechada pelo mesmo motivo, em 23 de fevereiro, e só reaberta 120 dias depois.

Em Juiz de Fora, o Parque Museu Mariano Procópio foi fechado nesta semana depois que macacos foram encontrados mortos. Os animais foram encaminhados para análise em Belo Horizonte. A visitação está suspensa por pelo menos 30 dias.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)