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Após morte por febre amarela, agentes encontram larvas do Aedes na Grande BHFebre amarela volta a matar em Minas: saiba como se prevenirContra febre amarela, Inhotim distribuirá repelentes para visitantesMacaco é encontrado morto na divisa dos bairros Estoril e BuritisMinas Gerais tem 21 cidades com alto risco de febre amarelaApós segundo macaco achado morto, Juiz de Fora aplica inseticida em mais um bairroMais de 180 cidades de Minas continuam a devastar a Mata AtlânticaAs agentes de saúde do município intensificaram as buscas ativas, que são operações de rastreamento, destruição de focos e orientação sobre o desmantelamento de criatórios existentes no ambiente doméstico do município. A cobertura vacinal local era de 84%, mas a procura pelas doses de imunização tem se ampliado e um reforço está previsto pela Secretaria de Estado de Saúde, que pode totalizar 2 milhões de doses em todo o estado.
No ano passado, Minas Gerais concentrou a mais grave face do surto de febre amarela no Brasil, com 162 mortos confirmados e outros 475 doentes, segundo o Ministério da Saúde. A atual identificação de macacos mortos, cerca de sete, sendo pelo menos três deles positivos para a febre amarela, fez com que três parques fossem fechados: os municipais dos Mangabeiras e Serra do Curral, em Belo Horizonte, e o Estadual do Rola-Moça.
Os doentes de febre amarela em Brumadinho eram moradores do Bairro Palhano, próximo ao acesso da BR-040. Em alguns condomínios que lá existem, como o Retiro do Chalé, já circulam informativos para a prevenção da doença e proliferação dos mosquitos transmissores, instruindo que as pessoas busquem a imunização por vacinas nos postos de saúde da região. O material é distribuído pelos funcionários da portaria e por seguranças que afirmam ter sido bastante requisitados sobre o assunto.
CRIATÓRIOS No rastreamento de focos realizado ontem foram encontrados vários criatórios de mosquitos, com larvas em vários estágios evolutivos amadurecendo para se tornar mosquitos potencialmente transmissores, muitos desses locais em sucatas e entulhos deixados nos quintais das residências rurais. Pneus, garrafas velhas, pedaços de vasos e até lonas esticadas se transformaram em berço para a eclosão e desenvolvimento das larvas de mosquitos transmissores, muitas vezes sem que os moradores desses lotes nem sequer desconfiassem. “A gente tenta sempre seguir o que os agentes nos falam. Manter limpos os quintais, mas é difícil, porque a gente acha que não tem mosquitos demais e quando vê tem um tanto dentro de uma garrafa ou de outra coisa”, disse a dona de casa Neli Silva, de 76, que mora na casa do Bairro Carneiros com a neta de 18.
Durante toda a manhã, a Unidade Básica de Saúde (UBS) do Bairro Palhano se tornou referência para que as pessoas próximas à área mais afetada se imunizassem tomando vacinas ou se orientassem quanto aos procedimentos, sendo também o quartel-general das equipes de buscas ativas por focos. “Não sabia se tinha que tomar uma dose, daí trouxe meu cartão de vacinação para ver.
Já a faxineira Silvana Rodrigues dos Santos, de 44, chegou de viagem recente e ao saber que na sua vizinhança ocorreram dois casos de doença, tratou de juntar a irmã e os vizinhos para se vacinarem. “Há 10 anos tinha tomado uma dose e com esses casos aqui pertinho a gente fica assustada, insegura mesmo. Então, aqui nos informaram como se prevenir do mosquito e depois de tomar uma dose da vacina a gente tranquiliza mais”, disse.