Já que a ajuda de São Pedro não é suficiente, a solução é recorrer à tecnologia. Numa iniciativa inédita no estado, a Copasa vai utilizar a indução de chuvas para aumentar a vazão da Barragem do Rio Juramento, sistema Rio Grande, a fim de amenizar a escassez hídrica em Montes Claros (400 mil habitantes). Responsável pelo abastecimento de 65% da cidade, mesmo após as últimas chuvas, o reservatório continua com volume baixo (21,8% até sábado, dia 6) e a população continua enfrentando o racionamento.
A Copasa vai recorrer à tecnologia para “fazer chover” depois de outras tentativas para amenizar a escassez. Além da perfuração de poços tubulares, foi iniciada a construção de uma adutora para captação no Rio Pacuí, a 56 quilômetros de distância, no município vizinho de Coração de Jesus, obra que está em andamento e que somente entrará em funcionamento em agosto ou setembro.
A adutora do Rio Pacuí gerou polêmica com os pequenos produtores da região, alegando que o manancial não tem vazão suficiente para fornecer água para Montes Claros. A companhia também anunciou a construção de 146 quilômetros de adutora (investimento de R$ 323 milhões) para captação de água no Rio São Francisco para abastecer Montes Claros, aproveitando os 90 quilômetros da adutora até o Pacuí.
A indução de chuvas na área do reservatório do Rio Juramento será aplicada pela empresa especializada Modclima (de São Paulo). Ela foi contratada por meio de licitação, por R$ 1,291 milhão para aplicar a técnica durante quatro meses. “É oportuno que o procedimento seja feito quando há nuvens formadas para induzir a precipitação”, informa a Copasa.
Começaram a ser instalados na região (em solo) equipamentos (câmeras) que vão monitorar o deslocamento de nuvens na área da Barragem do Rio Juramento, localizada no município homônimo. A previsão é que a indução da precipitação com o uso do avião seja iniciada ainda nesta semana. O avião vai decolar do aeroporto de Montes Claros, a 30 quilômetros do reservatório, com tanque de 250 litros de água potável para fazer a indução das nuvens.
De acordo com a empresa responsável pela técnica, a quantidade de precipitação depende das condições atmosféricas e do tamanho da nuvem “semeada” (induzida). Mas já foi medida a queda de 60 milímetros por conta do processo de produção de “chuva artificial”. As médias de precipitações variam de cinco a 40 milímetros.
A “chuva artificial” foi usada para aumentar o volume de reservatórios e amenizar a crise hídrica em São Paulo (Sistemas Cantareira e Alto Tietê), onde o processo também foi desenvolvido pela Modclima, contratada pela Companhia de Saneamento de São Paulo (Sabesp). Conforme a empresa, os primeiros voos experimentais foram realizados em 1998, na região de Atibaia (SP). Em 2005, a empresa firmou o primeiro contrato com a Sabesp para a produção de chuvas artificiais sobre o Sistema Cantareira.
PROCESSO FÍSICO Conforme a Copasa, a aplicação da técnica não envolve produtos químicos. “Utilizando apenas água potável, a tecnologia consiste no lançamento de gotículas de tamanho controlado, a partir de um avião, no interior de nuvens do tipo cumulus. As gotículas lançadas no interior da nuvem ganham volume porque se fundem com as que já estão presentes na mesma nuvem, resultado do processo natural de evaporação. Assim, ganham massa suficiente até formar gotas de chuva. O processo é inteiramente físico, como ocorre no desenvolvimento natural da nuvem”, informa a companhia de saneamento.
Por meio de nota, a Copasa diz que espera que a nova tecnologia “possa contribuir para o aumento dos índices pluviométricos na bacia hidrográfica do reservatório, incrementando o volume de água armazenado no barramento para o abastecimento público”. Salienta ainda que a expectativa é que, “com maior volume de chuva, estima-se também o aumento da umidade no solo e na vegetação, o que favorece os processos de evaporação, contribuindo para o surgimento de mais nuvens e chuvas naturais. Manter o solo o mais úmido possível também promove a recarga de água subterrânea”.
A Copasa vai recorrer à tecnologia para “fazer chover” depois de outras tentativas para amenizar a escassez. Além da perfuração de poços tubulares, foi iniciada a construção de uma adutora para captação no Rio Pacuí, a 56 quilômetros de distância, no município vizinho de Coração de Jesus, obra que está em andamento e que somente entrará em funcionamento em agosto ou setembro.
A adutora do Rio Pacuí gerou polêmica com os pequenos produtores da região, alegando que o manancial não tem vazão suficiente para fornecer água para Montes Claros. A companhia também anunciou a construção de 146 quilômetros de adutora (investimento de R$ 323 milhões) para captação de água no Rio São Francisco para abastecer Montes Claros, aproveitando os 90 quilômetros da adutora até o Pacuí.
A indução de chuvas na área do reservatório do Rio Juramento será aplicada pela empresa especializada Modclima (de São Paulo). Ela foi contratada por meio de licitação, por R$ 1,291 milhão para aplicar a técnica durante quatro meses. “É oportuno que o procedimento seja feito quando há nuvens formadas para induzir a precipitação”, informa a Copasa.
Começaram a ser instalados na região (em solo) equipamentos (câmeras) que vão monitorar o deslocamento de nuvens na área da Barragem do Rio Juramento, localizada no município homônimo. A previsão é que a indução da precipitação com o uso do avião seja iniciada ainda nesta semana. O avião vai decolar do aeroporto de Montes Claros, a 30 quilômetros do reservatório, com tanque de 250 litros de água potável para fazer a indução das nuvens.
De acordo com a empresa responsável pela técnica, a quantidade de precipitação depende das condições atmosféricas e do tamanho da nuvem “semeada” (induzida). Mas já foi medida a queda de 60 milímetros por conta do processo de produção de “chuva artificial”. As médias de precipitações variam de cinco a 40 milímetros.
A “chuva artificial” foi usada para aumentar o volume de reservatórios e amenizar a crise hídrica em São Paulo (Sistemas Cantareira e Alto Tietê), onde o processo também foi desenvolvido pela Modclima, contratada pela Companhia de Saneamento de São Paulo (Sabesp). Conforme a empresa, os primeiros voos experimentais foram realizados em 1998, na região de Atibaia (SP). Em 2005, a empresa firmou o primeiro contrato com a Sabesp para a produção de chuvas artificiais sobre o Sistema Cantareira.
PROCESSO FÍSICO Conforme a Copasa, a aplicação da técnica não envolve produtos químicos. “Utilizando apenas água potável, a tecnologia consiste no lançamento de gotículas de tamanho controlado, a partir de um avião, no interior de nuvens do tipo cumulus. As gotículas lançadas no interior da nuvem ganham volume porque se fundem com as que já estão presentes na mesma nuvem, resultado do processo natural de evaporação. Assim, ganham massa suficiente até formar gotas de chuva. O processo é inteiramente físico, como ocorre no desenvolvimento natural da nuvem”, informa a companhia de saneamento.
Por meio de nota, a Copasa diz que espera que a nova tecnologia “possa contribuir para o aumento dos índices pluviométricos na bacia hidrográfica do reservatório, incrementando o volume de água armazenado no barramento para o abastecimento público”. Salienta ainda que a expectativa é que, “com maior volume de chuva, estima-se também o aumento da umidade no solo e na vegetação, o que favorece os processos de evaporação, contribuindo para o surgimento de mais nuvens e chuvas naturais. Manter o solo o mais úmido possível também promove a recarga de água subterrânea”.