Uma manifestação provocou cerca de 4km de congestionamento nesta manhã de segunda-feira no Anel Rodoviário, próximo ao Bairro Betânia, Oeste de Belo Horizonte. Moradores da região queimaram pneus e pedaços de madeira e prejudicaram a passagem de carros.
De acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), o grupo de moradores da ocupação Vila Esperança protestou contra uma reintegração de posse prevista para o dia 11 de janeiro. As pistas do sentido Vitória ficaram interditadas por cerca de 50 minutos.
A Via 040, que administra o trecho do anel rodoviário em que ocorreu a manifestação, informou que as interdições começaram às 8h10 e que às 9h30 houve liberação total das pistas. O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter as chamas.
De acordo com a Comissão Pastoral da Terra, que defende a causa dos moradoresm cerca de 140 famílias moram na ocupação há seis anos. Ainda conforme a comissão, todas as famílias que habitam na ocupação não possuem condições financeiras de arcar com aluguel de casas e um despejo sem antes oferecer outras alternativas de moradia para as famílias, "será uma tragédia".
Responsável por impetrar o pedido de reintegração, a Via 040 informou que o terreno, situado acima do pontilhão da linha férrea sob o Anel Rodoviário e Avenida Tereza Cristina, é de propriedade da União. A ação de despejo seria realizada pela Prefeitura de Belo Horizonte, mas uma liminar judicial em favor da Defensoria Pública de Minas Gerais impediu a ação, cabendo à concessionária conduzir o processo de reintegração.
"A Via 040 esclarece que empenhou todos os esforços necessários para desocupar a área localizada no Km 536 do Anel Rodoviário, em linha com o contrato de concessão. Cabe acrescentar que, em momento anterior à adoção de providência judicial por esta concessionária, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da secretaria da Regional Oeste, comunicou a Via 040 que iria conduzir o processo de desocupação do local, mas que foi impedida posteriormente por liminar judicial em favor da Defensoria Pública de Minas Gerais. Ainda assim, com o objetivo primordial de garantir a segurança dos usuários da rodovia e dos próprios ocupantes no referido local, a concessionária decidiu ajuizar o pedido de reintegração e remoção das ocupações irregulares, pedido que foi reconhecido e liminarmente deferido pela Justiça Federal.”
A reportagem do em.com.br tentou entrar em contato com o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre, mas as ligações não foram atendidas.
*Sob supervisão do editor Benny Cohen