Minas Gerais já pode ter três óbitos por febre amarela constatado neste começo de ano. Somente nesta terça-feira foram confirmadas mais duas mortes. Uma delas, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), foi a de um topógrafo, de 38 anos, morador de Carmo da Mata, no Centro-Oeste mineiro, a 180 quilômetros da capital. A segunda, conforme a prefeitura de Nova Lima, na Grande BH, foi de um paciente masculino, de 46, na última sexta-feira. A SES-MG não confirma esse caso, mas apenas o de Carmo da Mata, além de um homem de 51 anos em Brumadinho, na região metropolitana. Nessa mesma cidade, um outro paciente com sintomas da febre foi transferido para o Espírito Santo.
Conforme nota divulgada no site da prefeitura de Nova Lima, a morte do paciente que estava internado no Hospital Nossa Senhora de Lourdes, teve confirmação de contaminação pela febre amarela. Morador de São Paulo, ele veio passar o fim de ano com parentes num distrito da cidade da Grande BH. Ainda, conforme a administração municipal, foram detectados duas novas suspeitas de pessoas infectadas nos bairros Santa Rita e Cascalho. O município, de acordo com a prefeitura, tem cobertura vacinal de 96% contra a febre. Moradores estão sendo chamados para imunizar contra a doença.
Já secretária Municipal de Saúde de Carmo da Mata, Nathália Resende, informou que o morador da cidade, que era casado, morreu em 3 de janeiro no CTI do Hospital São Judas Tadeu, na cidade vizinha de Oliveira. “No dia 30 ele foi atendido com sintomas da doença num posto de saúde aqui e encaminhado para Oliveira. Antes que pudesse ser transferido o Hospital Júlia Kubitschek, em Belo Horizonte, veio a óbito. O paciente tinha casa na área urbana e um sítio na zona rural, no lugarejo de Forquilha, onde estava seis dias antes de apresentar os sintomas da febre”, explicou.
Conforme nota divulgada no site da prefeitura de Nova Lima, a morte do paciente que estava internado no Hospital Nossa Senhora de Lourdes, teve confirmação de contaminação pela febre amarela. Morador de São Paulo, ele veio passar o fim de ano com parentes num distrito da cidade da Grande BH. Ainda, conforme a administração municipal, foram detectados duas novas suspeitas de pessoas infectadas nos bairros Santa Rita e Cascalho.
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Pelo menos 21 municípios mineiros tiveram registro de mortes de macacos infectados pelo vírus da febre amarela. O estado de atenção recai ainda sobre 26 cidades onde os óbitos de primatas estão em investigação e outras 50 em que as causas não foram determinadas por não ter havido coleta de amostras.
A intensificação da vacinação e fechamento de parques estão entre as medidas adotadas para conter o avanço da doença. Cobertura vacinal ainda é desafio em parte de Minas Gerais. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) emitiu alerta também para 14 regionais de saúde quanto à necessidade de investigação de rumores de morte de macacos e da intensificação da vacinação nos municípios com coberturas abaixo de 95%. São elas: Belo Horizonte, Barbacena (Região Central), São João Del-Rei (Campo das Vertentes), Alfenas, Varginha, Pouso Alegre, Passos (Sul de Minas), Divinópolis (Centro-Oeste), Juiz de Fora, Ubá, Leopoldina (Zona da Mata), Uberaba, Uberlândia e Ituiutaba (Triângulo Mineiro).
Em BH, estão fechados o Parque das Mangabeiras, Mirante e Parque da Serra do Curral, na Região Centro-Sul da cidade.
Em 2017, quando houve um surto da doença, com 435 pessoas infectadas e 162 morte, foram vacinadas na capital mais de 716 mil pessoas, alcançando uma cobertura vacinal de 83% – ainda abaixo da meta estadual, de 95%. Em Minas, a cobertura saiu de 47% no ano passado para 81%. Apenas cinco das 28 regionais de saúde bateram a meta, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela SES – ou seja, 82% têm o desafio da imunização pela frente. A menor cobertura está na regional de Pouso Alegre (66,4%).
Em Mariana, na Região Central, onde teve registro da morte de um macaco, a Secretaria Municipal de Saúde informou que foi intensifica ações contra febre amarela em áreas rurais da cidade. Ao todo, cerca de 50 profissionais de saúde estão envolvidos na operação que está percorrendo os locais mapeados como Cachoeira do Brumado, Barro Branco, Barroca, Magalhães, Engenho Queimado, Monsenhor Horta, Paracatu de Baixo, Paracatu de Cima, Furquim, Águas Claras e Cláudio Manoel. A secretaria aguarda parecer Fundação Ezequiel Dias (Funed), diante da suspeita de que a morte de um macaco está relacionada à doença.