Mais uma cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte negou o pedido de aumento de passagens de ônibus das empresas concessionárias. Desta vez, a prefeitura de Ribeirão das Neves não acatou o reajuste. Segundo o prefeito Junynho Martins, não houve melhoras no transporte, por isso, a alta não seria justificada. A mesma medida já tinha sido tomada por outros municípios, como BH, Contagem, e Betim.
O anúncio foi feito pelo prefeito por meio de um vídeo publicado na página oficial da prefeitura no Facebook. Martins falou sobre a negativa do reajuste e explicou a situação das tarifas dos ônibus intermunicipais, que entrou em vigor no início deste ano. “Os ônibus intermunicipais, que vão de Neves a BH, são de responsabilidade do Governo do Estado. Então foi alterado em procedência do Governo do Estado”, disse.
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Ribeirão das Neves seguiu outras cidades que também não acataram o aumento das passagens de ônibus. A primeira delas foi Belo Horizonte, e o caso foi parar na Justiça. O prefeito Alexandre Kalil (PHS) negou o aumento de 10,5% no preço das passagens. No fim do ano passado, a Justiça negou duas vezes o aumento das passagens na capital mineira. Após um pedido de liminar reivindicando o reajuste de passagem ter sido negado pelo juiz Marco Aurélio Abrantes Rodrigues em 22 de dezembro, no dia 26 foi a vez de o desembargador Wander Marotta, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) rejeitar um agravo de instrumento sobre o mesmo tema impetrado por consórcios que atuam no transporte coletivo em BH.
No início deste mês, Contagem também negou o reajuste. A administração municipal informou que as concessionárias pediram cerca de 11% de reajuste, pedindo que a tarifa subisse de R$ 4,05 para R$ 4,50. “A Prefeitura de Contagem entende que o reajuste da tarifa só é possível com uma planilha detalhada que comprovem os investimentos feitos no transporte público. Como não há justificativa consistente, o aumento não foi autorizado”, disse, por meio de nota.
Outra cidade que não acatou o aumento foi Betim. O anúncio foi feito, também no início do mês, pela Empresa de Construções, Obras, Serviços, Projetos, Transportes e Trânsito de Betim (Ecos).