Jornal Estado de Minas

Prefeito de BH anuncia para março restrições do tráfego pesado no Anel

- Foto: Reprodução Twitter
O anúncio de fechamento do Anel Rodoviário ao trânsito de cargas como medida de segurança, conforme postagem do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), em sua página no Twitter, no fim da tarde desta quarta-feira, dividiu opiniões: “Acabo de sair do gabinete do ministro dos Transportes. Vim sacramentar a cobrança de um projeto para o Anel Rodoviário. Os planos estão sendo desenvolvidos, e já asseguramos a proibição do tráfego pesado no máximo a partir de março deste ano”, afirmou. Porém, no começo da noite, em nota oficial da PBH, o tom mudou e se falou em medida de “restrições” à modalidade de transporte na via, sem maiores detalhes. 

De acordo com o comunicado da prefeitura, depois de reunião na tarde de hoje do prefeito Kalil e representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da concessionária Via-040, “o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, determinou que o Anel Rodoviário de Belo Horizonte passe a ter restrições ao tráfego de veículos pesados, numa primeira etapa de medidas preventivas contra graves acidentes.”

Ainda, de acordo com a nota da PBH, Maurício Quintella autorizou a continuidade dos estudos que estão sendo feitos em conjunto pela BHTrans, Polícia Militar Rodoviária e Polícia Rodoviária Federal, e que deverão ser concluídos até o mês de março. “O ministro informou também que os projetos para as obras de solução definitiva dos problemas do Anel Rodoviário continuam em andamento”, finalizou o comunicado. No ministério, a assessoria de imprensa informou que foi uma reunião a portas fechadas entre Kalil, Quintella e representantes da área, e que o assunto será tratado pelo Dnit, mas no departamento ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto.

Em 22 de novembro, o prefeito anunciou com uma das primeiras propostas visando a garantia da segurança na via, operações pente fino nos veículos de carga, principalmente no tocante à segurança, além de restrição do tráfego dos pesados. As medidas iniciais foram aprovadas pelo grupo de trabalho criado por iniciativa da PBH com a missão de reduzir a quantidade de acidentes e mortes na via, no projeto Aliança para a vida.

Desde o último acidente grave na rodovia, a véspera do feriado de 7 de setembro, em que matou o policial civil Dogmar Alves Monteiro, sua mulher e filho, Alexandre Kalil se comprometeu a lutar contra a violência na via, com ocorrências causadas na maioria por veículos pesados. No caso do policial, uma carreta desgovernada arrastou o carro em que ele estava com a família.
Os dois veículos pegaram fogo.

Dias depois do acidente, Alexandre Kalil determinou que a procuradoria do município ingressa com ação na Justiça pedindo a municipalização da rodovia, que é federal e sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O objetivo é independência da PBH para adotar ações preventivas no trecho de 10 quilômetros entre os bairros Olhos D’água (Barreiro) e Califórnia (Noroeste), concedido à iniciativa privada.

Repercussão dos internautas

Tão logo Kalil falou em fechamento do Anel Rodoviário ao tráfego pesado em março deste ano, em sua página no Twitter, surgiram as reações dos internautas, com opiniões divididas. “Tecnicamente inviável. Por onde vão passar os caminhões que chegam pela BR 040 e não podem descer a Nossa Senhora do Carmo? Vão voar?”, questionou um internauta. “Anel foi criado para os caminhões; os carros tomaram posse dele, vão criar outro espaço e eles vão pra lá novamente. Proibir caminhão nunca foi a solução”, comentou outro. “Tirar o tráfego pesado? Mas o Anel não existe exatamente para isso?”, perguntou um terceiro.

Outros internautas elogiaram a medida.
“Tá de parabéns pelo trabalho. Mesmo diante das dificuldades ao qual estamos passando no país por causa desses corruptos do capeta... está tentando arrumar a casa”, disse um jovem. “Correto kalil. apressa também o rodoanel para agilidade dos caminhoneiros, eles merecem”, completou outro. 
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